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Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024 | Horário: 14:08
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Dezembro Laranja: melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele

Para detectar precocemente esta forma de neoplasia, é importante prestar atenção a alterações nos sinais existentes na pele

O melanoma cutâneo é o tipo menos frequente e mais perigoso câncer de pele, caracterizado pela formação de células malignas a partir dos melanócitos, as células produtoras de melanina que dão cor à pele.

O melanoma pode evoluir com metástases e letalidade. Em estágios iniciais, ele se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Nos estágios mais avançados, porém, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de se espalhar para outros órgãos (metástase) e diminui as possibilidades de cura.

A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro e segundo grau.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), estimou em 8.980 os novos casos da doença em 2023 no Brasil. Devido a fatores como o crescimento da população, o aumento da expectativa de vida e mesmo às alterações climáticas, a previsão é que o número de novos casos de melanoma venha a aumentar nas próximas décadas.

O melanoma cutâneo possui alguns tipos; saiba mais sobre eles:

Melanoma extensivo superficial - É o mais comum, atinge normalmente camadas mais superficiais da pele e cresce mais lentamente.

Melanoma lentiginoso acral -É mais comum em afrodescendentes e asiáticos, não estando diretamente relacionado à exposição solar. Surge normalmente nas unhas, nas palmas das mãos ou plantas dos pés. Pode ter a aparência similar a uma pinta ou um machucado, o que contribui para atrasar o diagnóstico.

Melanoma lentigo maligno - Melanoma superficial não invasivo, de crescimento lento, mais comum após os 60 anos. Surge principalmente em áreas expostas ao sol, com destaque para o rosto, a cabeça e o pescoço.

Melanoma nodular - É o mais agressivo. Mais comum em homens, em geral tem a forma de uma lesão alta e delimitada, que pode apresentar ulcerações e sangrar.


Causas da doença

As duas principais causas do melanoma são a exposição solar cumulativa ao longo dos anos e propensão do nevo (pinta), promovido por fatores genéticos.

Entre os desafios para a detecção precoce do melanoma está o fato de que ele pode se originar a partir de pintas localizadas em qualquer parte do corpo ou da pele normal, não raro em locais de difícil visualização pelo próprio indivíduo. Por isso, é importante prestar atenção a eventuais alterações em pintas na pele, fazendo o autoexame da pele periodicamente, e se houver lesão suspeita procurar assistência médica.

Uma forma fácil de memorizar pontos aos quais prestar atenção nas pintas é a chamada “regra ABCDE”: pintas Assimétricas - uma metade da lesão é diferente da outra; com Bordas irregulares, borradas; Cor variada; Diâmetro maior que 6mm e Evolução alterada. Também é importante prestar atenção se apresentar sensação alterada ou de coceira, lesão maior que as outras, sangramento e crostas na lesão.

Veja algumas perguntas e respostas sobre nevo (pintas) e o melanoma.

O que é uma pinta ou sinal, quais são suas características típicas?
Uma pinta ou nevo é um sinal que surge quando os melanócitos, células que dão cor à pele, crescem e se organizam em grupos. A maior parte das pessoas possui entre 10 e 40 pintas pelo corpo, em áreas que costumam ser mais expostas ao sol. Uma pinta típica mede geralmente até 5 milímetros de diâmetro, podendo ser circular ou oval, com a superfície lisa ou arredondada. As bordas são bem definidas, e a cor é uniforme, podendo variar do rosa ao marrom claro e ou escuro, dependendo do tom da pele e dos cabelos do indivíduo.

Quem está mais suscetível ao melanoma?
Pessoas com diagnóstico de nevos atípicos, nevos congênitos, grande número de nevos comuns (mais de 50), pele clara/olhos claros, albinos, muitas sardas, ruivos, histórico pessoal ou familiar de melanoma, alterações do estado imunológico, exposição solar contínua ao longo dos anos ou intermitente ou precoce, queimaduras solares (especialmente durante a infância), história de bronzeamento artificial. É importante ressaltar que este tipo de procedimento, realizado nas chamadas câmeras de bronzeamento, é proibido desde 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O que fazer para prevenir o melanoma e os outros cânceres da pele?
Proteger-se do sol, evitando se expor em horários entre as 10h e as 16h, usando barreiras físicas como óculos de sol, roupas de manga comprida e calças, chapéu de tecido espesso com aba circular e larga, além de usar filtros solares com fator proteção UVA e UVB 30 ou mais, que devem ser reaplicados com mais frequência de acordo com o cotidiano de cada pessoa. Seu uso deve ser iniciado a partir dos 6 meses de vida da criança. Realizar o autoexame da pele periodicamente e, se houver lesão(ões) suspeitas procurar assistência médica.

Qual é o tratamento para o câncer melanoma?
O tratamento varia conforme a extensão, agressividade e localização do tumor, bem como a idade e o estado geral de saúde do paciente, podendo-se optar pela realização de cirurgia. Embora não tenha cura, o tratamento do melanoma avançado (metastático) evoluiu nas últimas décadas; hoje já é possível viver por mais tempo e com mais qualidade, controlando a doença em longo prazo. Na rede municipal de saúde todo paciente suspeito de estar com melanoma é encaminhado para o serviço de Oncologia Cutânea, conforme o Protocolo de Acesso da Oncologia

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