Secretaria Municipal da Saúde

Segunda-feira, 26 de Maio de 2025 | Horário: 11:00
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Diagnóstico precoce do glaucoma previne a cegueira irreversível

O tratamento oftalmológico é essencial e oferecido gratuitamente pela rede municipal
À direita, uma mulher de pele clara com cabelos longos, escuros e ondulados, presos parcialmente para trás, está inclinada sobre um equipamento médico. Ela usa uma máscara facial branca que cobre seu nariz e boca, e luvas azuis de procedimento em ambas as mãos. Em seu pulso esquerdo, ela usa um relógio de prata. Ela veste um jaleco branco com um brasão azul e branco na manga direita, que parece conter uma figura humana e texto ao redor. Seus olhos castanhos estão focados no paciente. Ela parece estar tocando ou ajustando o equipamento com o dedo indicador da mão esquerda.  À esquerda, um homem negro com cabelos curtos e grisalhos está sentado em frente ao equipamento. Vemos principalmente a lateral e a parte de trás de sua cabeça. Ele veste uma camisa branca. Seu olho direito está posicionado em frente à lente do equipamento.  O equipamento oftalmológico tem várias lentes, suportes brancos e pretos, e uma fonte de luz direcionada para o olho do paciente. Ao fundo, há uma parede com painéis cinzas e uma faixa horizontal preta na parte superior.

Neste 26 de maio, o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma reforça a importância do diagnóstico precoce da doença, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a segunda maior causa de cegueira irreversível no mundo. No Brasil, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), as estimativas apontam que mais de 1,7 milhão de pessoas devem ter glaucoma, sendo mais comum a partir dos 40 anos.

Contudo, o glaucoma pode ocorrer em qualquer idade e surge em consequência do aumento da pressão intraocular, gerando a perda da visão pela destruição gradativa do nervo óptico, estrutura que conduz as imagens da retina ao cérebro. Dependendo do quadro do paciente, intervenções clínicas ou cirúrgicas podem suspender a progressão da doença, mas não são capazes de recuperar a parcela da visão já comprometida.

Entre os sintomas do aumento da pressão estão a redução da vista periférica, dores de cabeça e nos olhos, vermelhidão nos olhos, dificuldades para enxergar ou visão embaçada, pupilas aumentadas, fotofobia e até vômitos e náuseas. Mas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), 80% dos casos de glaucoma não apresentam sintomas no início da doença, por isso é recomendada uma avaliação periódica com o oftalmologista.
Além da idade, outros fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes e histórico familiar de glaucoma devem ser levados em consideração na hora de buscar ajuda médica. 

Embora seja uma enfermidade crônica que não tem cura, se o glaucoma for diagnosticado em fase inicial, o tratamento é mais eficiente e maiores serão as chances de evitar a perda da visão.

Na cidade de São Paulo, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) oferece tratamento oftalmológico e desde 2021 implementou a Linha de Cuidado do Glaucoma, com estrutura adequada para a realização do diagnóstico precoce da doença e tratamento especializado aos pacientes. Mensalmente, são oferecidas cerca 2.200 consultas relacionadas ao diagnóstico e acompanhamento de glaucoma. 

O primeiro atendimento é feito na Unidade Básica de Saúde (UBS), onde os pacientes são encaminhados para os serviços de oftalmologia da rede, localizados nos Hospitais Dia (HDs), AMAs Especialidades, Ambulatórios de Especialidades (AMEs), os pacientes identificados pelo oftalmologista geral como “suspeitos para a doença” são encaminhados para prestadores de serviços habilitados pela SMS para o tratamento do glaucoma. Vale destacar que quando o glaucoma não está em um estágio avançado é possível fazer o tratamento utilizando colírios, oferecidos gratuitamente pela rede municipal, que ajudam a controlar a pressão do olho, evitando o agravamento do quadro.

Saiba mais sobre a doença e o tratamento
Glaucoma - Doença crônica de causa multifatorial caracterizada pela lesão progressiva do nervo óptico com perda do campo visual correspondente. O tipo mais comum de glaucoma é o de ângulo aberto que, se diagnosticado e tratado precocemente, pode evitar a perda visual. A doença pode ser congênita ou hereditária.  O glaucoma congênito primário é uma enfermidade rara, com incidência geral de 1 para cada 10.000 nascimentos, diferente do glaucoma prevalente na população adulta, que acomete cerca de 2 a 3% da população acima dos 40 anos.

Sintomas - Na maioria dos casos, o glaucoma é assintomático e progride lentamente. Os olhos não ficam vermelhos, não ardem, coçam ou lacrimejam. Muitos pacientes percebem dificuldade visual só no estágio mais avançado da doença e essa perda não é recuperada. Os casos agudos, vítimas de trauma ou lesão (por exemplo, uma bolada ou cotovelada no olho), que se manifestam por dor forte, podem provocar a perda significativa da visão. Esses pacientes devem ser submetidos, com urgência, a algum procedimento para que o nervo não atrofie, o que pode ocorrer em até 24 horas.

Fatores de risco - O principal fator de risco é o aumento da pressão intraocular (PIO), mas também devem ser considerados idade acima de 40 anos, histórico familiar, etnia (pessoas negras e de origem asiática estão mais propensas a ter glaucoma), miopia e hipermetropia, doenças sistêmicas associadas (diabetes, cardiopatias) e uso de medicações como corticoides. 

Tratamento - É contínuo e exige acompanhamento médico especializado para manter a visão do paciente. O trauma local e as infecções precisam ser tratados com colírios e outros medicamentos, aplicação de laser e até cirurgia. O médico especialista é quem fará o encaminhamento, se necessário, para os serviços habilitados para atendimento ao paciente com glaucoma, sob gestão municipal.


 

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