Secretaria Municipal da Saúde
Doença falciforme tem linha de cuidado na capital
No Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) destaca o atendimento humanizado e qualificado nos nove Centros de Referência para o Acompanhamento dos Portadores de Hemoglobinopatias (CRAPH). Dois dos equipamentos públicos são da gestão municipal: o Hospital Municipal Infantil Menino Jesus e o Ambulatório de Referência no Hospital Integrado de Santo Amaro (Hisa).
A enfermidade, que é considerada uma das doenças hereditárias mais comuns no mundo, tem grande incidência entre pretos e pardos, porém, também pode ser encontrada na população branca. Ela causa a destruição crônica das células vermelhas do sangue, intensas dores ósseas e na barriga, infecções, lesões orgânicas e, em alguns casos, até a morte precoce.
O diagnóstico deve ser feito em recém-nascidos, na primeira semana de vida, por meio do teste do pezinho, realizado nas maternidades durante a triagem neonatal. Crianças, jovens e adultos que ainda não fizeram, podem realizar o exame de sangue chamado eletroforese de hemoglobina nas 474 Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
A Área Técnica de Saúde da População Negra, responsável pela promoção de ações envolvendo esta população, foi responsável, juntamente com outras áreas da atenção básica, pela elaboração de uma linha de cuidados em doença falciforme que é seguida pelos serviços de saúde da capital.
Entenda a doença
A doença falciforme é causada por uma modificação (mutação) no gene (DNA) que, em vez de produzir a hemoglobina A, produz uma hemoglobina chamada S. Se uma pessoa recebe um gene do pai e outro gene da mãe, que produzem a hemoglobina S, ela possui um padrão genético chamado SS, causador da anemia falciforme.
Se uma pessoa receber de um dos pais o gene para hemoglobina S e do outro o gene para hemoglobina A, ela não terá a doença, e sim o traço falciforme (AS). Portanto, essa pessoa não precisa de tratamento porque a doença não se desenvolverá. Caso tenha filhos ou filhas com outra pessoa que também herdou o traço, existe a possibilidade de ela ter uma criança com anemia falciforme.
Mulheres com anemia falciforme podem ter uma gravidez de risco por conta das possíveis complicações. A criança também pode nascer com o gene da doença. Mas é importante salientar que são necessários dois genes com a mutação, um do pai e um da mãe. Se só houver um gene, o paciente é apenas portador de traço falciforme: ele não tem a doença nem irá desenvolver no futuro.
Tratamento
Após o diagnóstico, o paciente é encaminhado para iniciar o tratamento em um serviço especializado ou centro de referência, com apoio de um hematologista e outros especialistas. O acompanhamento médico é feito durante toda a vida.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) destaca que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem garantido avanços tecnológicos no controle da doença falciforme por meio da hemorrede e hospitais de referência, garantindo melhora da saúde da população. Na capital, o público pode buscar atendimento nos nove Centros de Referência para a doença para atendimento de adultos e crianças:
• Hospital São Paulo
• Hospital das Clínicas
• Hospital Santa Marcelina
• Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Para atendimento de adultos:
• Hospital Integrado Santo Amaro (HISA).
Hospital Brigadeiro-Euryclides de Jesus Zerbini-
Para atendimento infantil:
• Hospital Municipal Menino Jesus
• Hospital Cândido Fontoura
• Hospital Darcy Vargas.
Para encontrar o endereço da UBS mais próxima, basta consultar a plataforma Busca Saúde.
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