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A história da acupuntura perde-se no tempo. De acordo com descobertas arqueológicas no continente asiático, especialmente na China, a prática data de cinco mil anos atrás.

Há 40 anos, porém, o médico japonês anestesiologista Tashikatsu Yamamoto criou uma nova forma de praticar esse ramo da medicina chinesa tradicional. O que esse médico fez foi descobrir pontos na região do crânio.

De acordo com Emílio Telesi Júnior, especialista em medicina tradicional chinesa, essa técnica pode ser utilizada em todos os tipos de dor. “Cada ponto onde é colocada a agulha é um microssistema. Esses representam uma parte específica do corpo humano”, explica Telesi.

Para saber onde e quais pontos devem ser “agulhados”, é necessário realizar um diagnóstico. Para tanto, é imprescindível uma anamnese, complementada por um exame de cada setor do crânio e dos músculos da região cervical. “A sensitividade à palpação é o que ‘diagnostica’ se há algum problema de saúde”, comenta o especialista.

Ainda de acordo com Telesi, os principais problemas que podem ser tratados pela técnica são: dores nas costas, dores na região lombar, dores no ombro, entre outras. “Além disso, outra forma de utilização dessa técnica é no tratamento de doenças neurológicas, principalmente causadas pelo acidente vascular cerebral (AVC)”, complementa. Outra boa notícia para os médicos praticantes dessa medicina oriental é da possibilidade de atender mais de uma pessoa por vez.

Curso

Não é a primeira vez que o SUS terá profissionais habilitados em acupuntura. De acordo com Emílio Telesi Júnior, a prática só não é maior por faltar espaço e interesse de médicos sobre esse tipo de medicina.

Ele ainda vai ministrar um curso sobre a Nova Craniopuntura de Yamamoto na Escola Municipal de Saúde (EMS), a partir de fevereiro. Segundo ele, haverá duas turmas, cada uma com três aulas cada. Sendo no total, carga horária de 24 horas.

“As turmas serão divididas entre os dois semestres do ano. A primeira começará, provavelmente, no dia 07 de fevereiro – o primeiro sábado do mês”, completa. Já a segunda ficará para o segundo semestre, com previsão de início no mês de setembro.

Colaborador: Bruno Di Giaimo