Secretaria Municipal da Saúde

Sexta-feira, 20 de Agosto de 2021 | Horário: 14:54
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Reunião Ordinária do GTEPS de Julho

Destaque para a apresentação da “Capacitação para a confecção de próteses na Atenção Básica” e da “Capacitação para o uso da planilha de monitoramento e pagamento de próteses dentárias”

 Por Paula Sant’Ana

 

Na quinta-feira (15/07/2021), foi realizado o encontro virtual do Grupo Técnico de Educação Permanente em Saúde (GTEPS), contando com a participação de 46 profissionais da SMS.

A reunião teve início com a apresentação da Dra. Marta Cipriano, Assessora de Saúde Bucal da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que divulgou os dois cursos que estão em produção para seguir o Programa de Metas 2021-2024, buscando melhorar a qualidade e produção dos dispositivos protéticos e implantar um sistema de gestão como suporte. A realização da “Capacitação para a confecção de próteses na Atenção Básica” e da “Capacitação para o uso da planilha de monitoramento e pagamento de próteses dentárias” é voltada à Atenção Básica do município de São Paulo.

A “Capacitação para a confecção de Próteses Dentárias na Atenção Básica” é uma parceria da SMS, da Escola Municipal de Saúde (EMS) por meio da contrapartida do COAPES com a Universidade Cidade de São Paulo – UNICID e tem como público alvo os Cirurgiões Dentistas das Unidades de Saúde. A previsão de início da 1ª turma é 02 de agosto com 422 participantes e aulas transmitidas pelo Canal Profissional no YouTube, de forma síncrona. As próximas turmas farão o curso pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA da EMS com acesso assíncrono.

Ainda em fase de produção, a “Capacitação para o uso da planilha de monitoramento e pagamento de próteses dentárias” é voltada para Cirurgiões Dentistas, Auxiliares e Técnicos de Saúde Bucal, Gerentes e Auxiliares Administrativos participantes do fluxo de trabalho relacionado aos atendimentos de prótese dentária de Unidades Básicas de Saúde, Centros de Especialidades Odontológicas e Equipes de Consultório na Rua e Unidades Odontológicas Móveis, da Administração Direta e Indireta. Incluirá também Interlocutores, Assessores e Coordenadores de Saúde Bucal das Supervisões e Coordenadorias de Saúde e Organizações Sociais de Saúde (OSS). Será ofertada pelo AVA da EMS e tem parceria com a Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação - DTIC, da SMS e da Coordenação de Epidemiologia e Informação - CEInfo da Coordenadoria Oeste. A planilha de controle feita Excel, elaborada por Giovani Franco do DTIC e Dra. Ilka Correa de Melo da CRS Oeste foi desenvolvida para simplificar o processo de ateste mensal do contrato de próteses dentárias, como uma ferramenta de gestão.

Com relação à necessidade dos cursos, a Dra. Marta Cipriano destacou: “Nós temos uma demanda grande que aguarda atendimento nos centros de especialidades odontológicas, fez-se então um planejamento frente a essa necessidade de realizarmos a confecção de próteses em nossas UBSs. Fazendo a capacitação desses profissionais que estão na Atenção Primária de Saúde para que pudessem com segurança e qualidade fazer a confecção dessas próteses”.

Continuando, Sonia Barros, do Grupo de Pesquisa Enfermagem e Políticas da Saúde Mental, da Escola de Enfermagem-EEUSP, apresentou o projeto de pesquisa: O processo de cuidado em saúde mental da criança/adolescente negro em CAPS infantil da Vl. Brasilândia.

O grupo realizou estudos com foco nas políticas de saúde mental, utilizando indicadores sobre raça/cor e desenvolveram os estudos da temática criança/adolescentes negros com transtornos mentais, sendo usuários do CAPS no munícipio de São Paulo. A pesquisa segue sendo realizada. No geral, os objetivos são levantar as dificuldades, possibilidades e cuidados numa perspectiva racial, além de mapear a forma como essas crianças e adolescentes chegam ao tratamento, considerando, principalmente, a situação familiar e econômica.

Como forma de estimular a desconstrução racial e o cuidado com as crianças negras, os profissionais realizam atividades de acesso a personagens negros ou cultura africana com crianças/adolescentes, bonecas abayomi - termo que significa 'Encontro precioso', em Iorubá, participação e promoção de eventos relacionados à cultura afro e a beleza da pessoa negra, passeios a museus, fóruns, palestras, rodas de conversa, grupos de leitura, entre outros. Além disso, contam com atividades previstas para o mês de novembro, mês da Consciência Negra.

Em relação às questões raciais que afetam o crescimento de crianças e adolescentes negros, Sonia Barros destacou: “Nós [profissionais] também temos visão de mundo, sobre a questão de negritude e nós temos questões relacionadas ao branqueamento que sofremos durante nossas histórias e do tecido social. O quanto todas essas identificações passam pelo sofrimento da criança e também pela vivência e visão dos profissionais de saúde”.

Após a apresentação das fases da pesquisa, Caroline Ballan, enfermeira e doutoranda pela Escola de Enfermagem da USP e membro do Grupo de Pesquisa Enfermagem e Políticas da Saúde Mental, destacou o Relatório Técnico do Diálogo Deliberativo, especificamente em relação às recomendações da pesquisa para a Área Técnica de Saúde Mental, Área Técnica de Saúde da População Negra da Secretaria Municipal da Saúde e Secretaria de Direitos Humanos.

Entre as recomendações destacam-se:

- Incorporar na política de saúde mental diretrizes para que o quesito raça-cor seja um dado analítico nos serviços de saúde mental;

- Mapear, valorizar, propor, orientar e fomentar estratégias de superação do racismo na RAPS, por meio de discussões com profissionais da rede, notas técnicas e diretrizes para sua realização.

Confira a cartilha “Atenção psicossocial a crianças e adolescentes negros no SUS”

Confira o relatório técnico do diálogo deliberativo “O processo de cuidar em saúde mental da criança e do adolescente negro usuário do CAPS IJ”

Prosseguindo, Maria do Carmo da Divisão de Educação, apresentou o texto atualizado da Resolução n°11/2016 do CMS-SP. O texto já havia sido encaminhado para discussão e leitura prévia aos membros do GTEPS e está em processo de finalização e aprovação. As sugestões devem ser enviadas para a Secretaria do Conselho Municipal de Saúde aos cuidados do conselheiro Júlio Caruzzo.

Após a apresentação, Maria do Carmo abriu espaço para discussão e por intermédio de Betina Black Dalarmelino, da Divisão de Educação, ficou acordado uma reunião extraordinária do GTEPS para dia 30/07 às 09h, com o intuito de discutir detalhadamente esse assunto.

Captura de imagem da reunião / Crédito: Núcleo de Comunicação EMS

 


 

Reunião Extraordinária do GTEPS de Julho

Na sexta-feira (30/07/2021), foi realizado o encontro virtual do Grupo Técnico de Educação Permanente em Saúde (GTEPS), contando com a participação de 33 profissionais da SMS.

A reunião teve início com a apresentação de Maria do Carmo, da Divisão de Educação, que falou sobre o projeto do Encontro dos Facilitadores. O conteúdo já passou por todos os NEPs e a ideia é discutir em reuniões do GTEPS, com falas das escolas regionais sobre a execução.

Devido à pandemia, colocar em prática as propostas se tornou mais difícil. Por isso, existe um grupo para discussão entre os facilitadores, pela dificuldade de se encontrarem presencialmente. A data da reunião dos facilitadores, anteriormente agendada para 09 de agosto, foi alterada para o dia 11. Até o momento da reunião, 80 facilitadores demonstraram interesse em participar. Sendo o máximo possível 100 pessoas, a ideia é abrir no Zoom e transmitir no YouTube.

Prosseguindo, Maria do Carmo deu um informe sobre o grupo Saúde da População Negra. Betina Black Dalarmelino, da Divisão de Educação, enviou um e-mail para as regionais referente à reunião em 06 de agosto. Porém, por conta de divergências das agendas de algumas escolas regionais, a data foi alterada para 13 de agosto. Encontro de diálogo com as interlocuções da Saúde da População Negra, a proposta é discutir o Plano Municipal de Saúde 2022 – 2025 e as atividades do PLAMEP. Também foi destacada a importância de trazer convidados externos para a reunião, como por exemplo, os Hospitais.

Referente à Resolução n°11/2016 do CMS-SP, Maria do Carmo leu trechos pontuais do texto atualizado. A ênfase foi discutir as questões que ainda precisam de revisão, de acordo com os comentários feitos pelos representantes das regionais. Betina e Maria do Carmo mediaram a situação, direcionando as informações, enquanto questionamentos surgiam.

Segundo Maria do Carmo, em relação aos desencontros e as dificuldades, são necessárias ter mais discussões e adaptar o planejamento. “O problema que nós temos agora, acho que isso ficou bem claro, é que os projetos vêm como já prontos e já discutidos. Mais para ser cumprido do que propriamente para discutir se vai fazer se não vai fazer. Essa regra aí que tem que mudar a forma do planejamento que é feita pelo gabinete que tem que ser diferente”.

Após a discussão, Betina indicou a necessidade de já indicar os próximos passos para a prática da Resolução n° 11. Dentre elas destacaram-se: Agendar outra reunião e chamar conselheiros para acompanharem o GTEPS e depois levarem um resumo aos NEPs que participam.

Captura de imagem da reunião / Crédito: Núcleo de Comunicação EMS

 

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