RODA DE CONVERSA

Secretaria Municipal da Saúde

Quinta-feira, 6 de Setembro de 2012 | Horário: 15:39

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RODA DE CONVERSA

Canal Profisisonal - Rede São Paulo Saudável

O Cuidado às Pessoas em Situação de Violência

Colaborador: Anderson Peixoto

O Cuidado às Pessoas em Situação de Violência foi o tema do último programa Roda de Conversa, exibido no dia 24 de setembro. O evento foi realizado no auditório da Escola Municipal de Saúde (EMS) e transmitido ao vivo no Canal Profissional da Rede São Paulo Saudável.

O primeiro bloco tem a participação de Egberto Penido, juiz de Direito do Estado de São Paulo, Elaine Aparecida Lorenzato, da Área Técnica de Atenção Integral à Saúde da Pessoa em Situação de Violência/Atenção Básica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e Débora Dalonso Gamboa Peres, da Supervisão de Vigilância em Saúde, da Coordenadoria Regional (CRS) Norte.

O primeiro bloco discutiu o tópico Fenômeno da Violência, um panorama da cidade de São Paulo e seu impacto nas políticas públicas. Os participantes colocaram em pauta o fato de as questões de violência atingirem a sociedade como um todo, e afetarem questões sociais, econômicas, familiares e a saúde. As ações a serem realizadas nessa área devem envolver também todos esses aspectos, e os principais desafios são quanto a uma mudança cultural, para tanto em termos de punição e reeducação quanto a prevenção, que segundo Elaine é um dos principais pontos a serem discutidos.

Já o segundo bloco contou com a presença de Rodrigo Moreira de Sá, da Área Técnica de Atenção Integral a Pessoa em Situação de Violência, da Coordenadoria da Atenção Básica, Elaine Aparecida Lorenzato e Elaine Maria de Sousa, da Supervisão Técnica de Saúde Penha e interlocutora da Área Técnica de Atenção Integral a Saúde da Pessoa em Situação de Violência.

A política municipal de Saúde para superação da situação de violência foi o foco da discussão neste bloco. Um ponto citado dessa política foi o Núcleo de Prevenção de Violência (NPV), que segundo Moreira de Sá, surgiu em meio a percepção de que a unidade de saúde poderia ter um local para acolhimento do paciente em situação de violência, tanto em termos físicos como emocionais, realizado por equipes nas unidades. Houve diversos avanços nessa área, e neste ano estão sendo instituídos NPV em todas as Unidades de Saúde, ampliando o trabalho para toda a rede municipal.

O terceiro bloco, por sua vez, recebeu Emerson Moreira Gonçalvez, da Unidade Básica Vila Granada, da Supervisão Técnica de Saúde da Penha; Rui Ubaldo Ribeiro Jr, gerente da UBS Vila Santa Maria da Supervisão Técnica de Saúde Casa Verde, e novamente Rodrigo Moreira de Sá.

Este bloco foi reservado a exposição de algumas experiências das regiões, em conjunto ao desenvolvimento do trabalho em questões de violência. Uma destas é a de Gonçalvez, que representa um NPV em sua unidade. Segundo ele, é um trabalho em grupo, no qual as famílias são acolhidas, com diversas demandas, e algumas trazem situações de violência. O profissional relata que a maioria das pacientes são mulheres, e que houve grande melhoria em diversos aspectos das mesmas. “Hoje grande parte delas estão num processo de fortalecimento”, disse.

Todos os participantes e plateia presentes no programa Roda de Conversa Prevenção e Cessação do Tabagismo

Por fim, o quarto e último bloco foi destinado a resolução e algumas questões do público, com a presença dos convidados já presentes nos blocos anteriores, Egberto Penido, Elaine Aparecida Lorenzato, e Rodrigo Moreira de Sá.

Uma das questões trata de uma situação específica, porém possível e certamente discutível: Como a equipe de saúde deve agir após ter feito denúncia e conseguido abrigo à criança em situação de violência e abandono, e a justiça devolve a guarda aos pais em um curto espaço de tempo.

Segundo Egberto, é necessário primeiramente entender o caso por inteiro e tudo que justificou tais atos, como a falta de provas, por exemplo. O profissional indicou como alternativa a realização de equipes de discussão, para o esclarecimento de questões como esta, como o próprio NPV. Tais encontros poderiam auxiliar o profissional de saúde, indicando os órgãos que podem ser acionados em determinados casos, como associações, o próprio conselho tutelar etc.