Prefeitura de São Paulo

A psicóloga Fernanda Aguiar, 36, está há nove anos no serviço público. Aprovada pela Prefeitura de São Paulo para o cargo de Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental (APGG), começou a trabalhar na Secretaria Municipal da Saúde (SMS) em 2017. “Minha trajetória toda é na saúde, sou formada em psicologia, fiz residência em saúde pública. Foi um presente poder trabalhar na SMS”, afirma.

A analista coordena a equipe da Assessoria de Planejamento (Asplan) que elabora os instrumentos de planejamento e gestão da secretaria. O trabalho da assessoria permite a interação com as diversas áreas assistenciais e administrativas para o melhor fluxo no alcance das metas pactuadas pela pasta para oferecimento do serviço público de qualidade aos cidadãos.

A excelência do trabalho desenvolvido no setor foi importante para que ocupasse um espaço de participação na capacitação internacional em liderança da Universidade Columbia (USA). O Columbia Women’s Leadership Network é um evento que reúne 30 mulheres brasileiras para trocas de práticas exitosas nas suas áreas e de treinamento para o desenvolvimento das potencialidades como líder. Neste mês, Fernanda viajará com as colegas do curso para os Estados Unidos (EUA), onde será realizada a etapa presencial na faculdade norte-americana.

“É muito gratificante saber que eles viram na minha trajetória profissional uma oportunidade para contribuir com essas outras mulheres incríveis da turma e poder equiparar essa desigualdade imposta pela sociedade para as mulheres em cargos de gestão”, argumenta. Aprovada em um dos primeiros concursos que destinaram vagas exclusivas para cotas raciais da prefeitura, a psicóloga destaca a importância desse sistema para incentivar o acesso e a igualdade no setor público. “Eu entrei na prefeitura em um dos concursos que teve cotas raciais. Quando se inclui a diversidade nesses espaços, você também inclui novos olhares, novas perspectivas. É um olhar que reconhece a população da cidade em suas características diversas”, avalia.

Fernanda enxerga a relevância da representatividade e joga luz sobre a perseverança. Em sua história, a inspiração vem de outra mulher, Elenilda, a mãe que protagonizou a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, em março de 1988, em alusão ao Dia Internacional da Mulher. “Ela foi da primeira turma de mulheres a operar o metrô na cidade. Para mim isso é muito forte, porque não é um lugar esperado. Minha mãe dizia: ‘Esse é só o meu trabalho’. E, às vezes, a gente acha que está fazendo só o nosso trabalho, mas a gente está motivando as pessoas ao nosso redor”, diz a servidora.

Q+
Torcedora dos Santos Futebol Clube, Fernanda gosta de ir aos jogos na Vila Belmiro, estádio do time do coração, com os pais e a companheira Giovanna. Ela também coordena a ala das alfaias do bloco Afro Ilú Obá de Min, composto só por mulheres e que nasceu com o objetivo de aumentar a participação delas no toque de tambor no Carnaval da maior cidade brasileira.

GENTE.DOC
O boletim Saúde Mais Perto/Gente tem uma versão em vídeo publicada no canal da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), no YouTube. Assista à entrevista de Fernanda: