Secretaria Municipal da Saúde

Sábado, 26 de Abril de 2025 | Horário: 11:00
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Hipertensão arterial: UBSs da capital diagnosticam em média 52 novos casos por mês

Data alerta para riscos e destaca aspectos como alimentação e atividade física como essenciais para evitar o desenvolvimento e também para controlar a doença
A imagem mostra uma cena de medição da pressão arterial. Um profissional de saúde, vestido com um jaleco branco, está utilizando um esfigmomanômetro (aparelho de pressão) para aferir a pressão arterial de uma pessoa que veste uma camiseta verde. O braço da pessoa está apoiado em uma superfície, com a braçadeira do aparelho ajustada ao redor do braço. O profissional está segurando o estetoscópio com uma das mãos, posicionado sob a braçadeira, e observa o manômetro para realizar a leitura da pressão. A imagem transmite uma atmosfera de cuidado e acompanhamento médico

Todos os meses, cada uma das 479 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital diagnostica em média 52 casos de hipertensão entre os pacientes atendidos. Só nos últimos sete meses, de setembro de 2024 a março deste ano, foram realizados 147.354 diagnósticos na atenção básica, o que se deve em parte a um protocolo de busca ativa seguido pelas unidades, por meio das equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF).

A importância do diagnóstico e da prevenção da “pressão alta” são enfatizados no Dia Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Hipertensão Arterial, 26 de abril. A hipertensão é uma doença crônica não transmissível e um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.

Segundo Marcelo Takishi Scrocco, da área de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) da Coordenadoria de Atenção Básica (CAB), os diagnósticos confirmam que o protocolo de busca ativa, vigilância contínua e a Estratégia de Saúde da Família (ESF) da SMS estão funcionando: “Tudo começa na aferição frequente da pressão arterial, que é um protocolo básico tanto para o diagnóstico quanto para o controle desta doença; quando o paciente relata algum sintoma que pode estar associado à hipertensão, o caso é investigado pela equipe da Unidade Básica de Saúde.”

Marcelo pontua que os agentes Comunitários de Saúde (ACS), parte da ESF, têm um papel fundamental nesse processo: “Eles visitam as casas e conseguem informar para a equipe de saúde quais as condições de vida e o que pode ser um fator de risco”, esclarece.

Em âmbito nacional, em 2023 o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, apontou que 29,1% dos homens entrevistados relataram terem recebido diagnóstico de hipertensão na cidade de São Paulo. Entre as mulheres, esse índice foi de 28,7%.

Esse cenário representa uma mudança expressiva em relação a 2013, quando os homens representavam 22,7% dos diagnósticos, em comparação às mulheres, que representavam 26,6%: “Houve um aumento no percentual de hipertensos em ambos os sexos, sendo que este aumento é maior para o sexo masculino”, aponta Renata Scanferla, analista em saúde do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (NDANT), da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Fatores de risco e prevenção
De acordo com o Ministério da Saúde, 90% dos casos de hipertensão possuem componentes hereditários. No entanto, excesso de peso, consumo de alimentos ultraprocessados, sedentarismo, tabagismo e estresse são hábitos que influenciam a elevação da pressão arterial.

No caso de gestantes, a hipertensão é um dos fatores de risco estabelecidos para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia, classificada como uma síndrome multifatorial que se desenvolve de forma silenciosa, manifestando-se após a 20ª semana de gestação, afetando até 16,7% das gestações, e que, além do risco de morte materna, resulta muitas vezes em nascimentos prematuros.

Manter o corpo ativo e uma alimentação balanceada são prevenção e também tratamento, frisam os profissionais. Afinal, apenas medicação não é suficiente para controlar a pressão arterial, o melhor caminho é adotar uma abordagem multifacetada, atacando as causas da doença que podem ser modificadas.

As UBSs, que são porta de entrada da rede municipal de saúde, oferecem, além das consultas com clínico geral e encaminhamento para exames, o suporte da equipe multidisciplinar (eMulti) em aspectos como acompanhamento nutricional e prática de atividades físicas.

Para estimular hábitos mais saudáveis no que diz respeito à prática de atividades físicas, a SMS possui iniciativas como o Programa Academia da Saúde, que tem objetivo de contribuir para a promoção da saúde e produção do cuidado e de modos de vida saudáveis da população.  Atualmente, são disponibilizados 18 Polos Similares da Academia da Saúde. Saiba mais clicando aqui.  Além disso, todas as UBSs da capital oferecem alternativas de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics), atividades de promoção, prevenção e na recuperação da saúde, considerando a pessoa em todas as suas dimensões. Entre as modalidades, estão ioga, tai chi pai lin, dança circular e capoeira. Saiba mais sobre as Pics clicando aqui.

Clique aqui para acessar a plataforma Busca Saúde, com a localização de todos os equipamentos da rede municipal de saúde.

 

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