Secretaria Municipal da Saúde
Indetectável = Intransmissível
No Brasil, as pessoas diagnosticadas com HIV recebem tratamento gratuito chamado de terapia antirretroviral (TARV) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O uso de TARV reduz as complicações relacionadas às infecções pelo HIV e a transmissão do vírus, melhora a qualidade de vida e diminui a mortalidade.
Uma pessoa vivendo com HIV e que está em tratamento consegue diminuir a quantidade de vírus no corpo (carga viral - CV) para um nível tão baixo que é considerada indetectável. Estudos apontaram que é improvável a transmissão do vírus nas relações sexuais desprotegidas com pessoas vivendo com HIV que mantem carga viral indetectável por mais de seis meses.
Algumas condições devem ser atendidas e levadas em consideração sobre a redução do risco de transmissão sexual do HIV, como: ter uma excelente adesão à TARV e monitoramento da CV; a carga viral deve estar indetectável há pelo menos seis meses e ausência de outras infecções sexualmente transmissível (ISTs).
Os casais sorodiferentes, quando um vive com com HIV e outro não, deverão ser acompanhados pelo serviço de saúde especializado (SAE) onde serão orientados sobre as estratégias de prevenção que poderão seguir.
Já em casais onde os dois vivem com HIV e estão em tratamento regular, a carga viral de ambos precisa ser monitorada, pois, sendo indetectável, o risco de transmissão é zero.
É importante destacar que a TARV não protege das demais IST. Assim, a utilização do tratamento pela pessoa vivendo com HIV/Aids não dispensa a adoção de práticas preventivas, como uso de preservativos.
2 – “Guia Básico de Prevenção Combinada” – Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo/Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS de São Paulo/Programa Estadual de DST/AIDS de São Paulo – São Paulo/SP – 2017.