Secretaria Municipal da Saúde

Quinta-feira, 31 de Outubro de 2013 | Horário: 13:33
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Leptospirose

As pessoas devem evitar entrar em contato com água ou lama de enchentes que podem estar contaminadas com a bactéria Leptospira

Por Zenildes Mota 

 

O período chuvoso que ocorre principalmente nos meses de verão, é marcado pelas inundações em várias regiões do país, nas grandes capitais, cidades do interior e zonas rurais. Com a temporada de chuvas vem a preocupação com a Leptospirose, uma doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira, mormente passada por ratos, que acomete humano e animais.

A leptospirose pode acontecer durante o ano inteiro dependendo da região ou das más condições de moradia, saneamento básico e exposição a situações de risco. “Nas cidades, os principais transmissores são os roedores urbanos, especialmente a ratazana, que uma vez infectados eliminam a bactéria pela urina por toda a vida”, complementa Vivian Ailt Cardoso da Subgerência de Vigilância de agravos Transmitidos por Vetores e Zoonoses da SMS (Secretaria Municipal da Saúde).

As pessoas podem ser contaminadas pelo contato com água de enchente, queda acidental em rios, córregos, limpeza de ralos, bueiros, fossa/esgoto, coleta de lixo, manuseio de materiais recicláveis, atividades de lazer (banhos em represas/lagos). Em áreas rurais, os principais grupos de risco são tratadores de animais, cortadores de canas, plantadores de arroz, atividades de pescaria e outros. A porta de entrada para o contágio é a pele com lesões ou mucosas, tais como os olhos, boca, nariz ou genitais.

No período de chuvas o risco de contrair a Leptospirose é muito maior. “Se o contato com a água de enchente for inevitável, deve-se permanecer o menor tempo possível. Quanto maior for a duração do contato, mais bactérias podem entrar no seu corpo aumentando o risco de contrair a doença e desenvolver uma forma mais grave de leptospirose”, ressalta Vivian Cardoso.

Os sintomas iniciais da doença podem ser semelhantes aos de outras moléstias como a dengue ou gripe. Seu tratamento e cura vão depender da rapidez no diagnóstico. “Se você ficar doente alguns dias após entrar em contato com as águas de enchente ou esgoto, procure imediatamente a Unidade de Saúde mais próxima e não se esqueça de descrever a relação com a lama ou água de enchente, somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente a doença.”, Alerta Vivian.

Os sintomas mais comuns são: febre, dores de cabeça, dores musculares, principalmente nas panturrilhas (batata da perna), dores abdominais, náuseas, vômitos. Em casos mais graves podem ocorrer icterícias, (coloração amarelada da pele e das mucosas), sangramentos, insuficiência renal aguda e acometimento pulmonar. As pessoas que teve contato com a bactéria apresenta o início dos sintomas em média de 7 a 15 dias.

De acordo com Vivian, depois que as águas da enchente baixar, é preciso realizar a limpeza das áreas e materiais que estiveram em contato com resíduos da inundação. “Lave com água e sabão e a seguir desinfecte com água sanitária, sempre se protegendo com luvas, botas de borracha ou sacos plásticos duplos nos braços e pernas”, aconselha Vivian Ailt Cardoso.
 

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