Prefeitura de São Paulo

O Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-SP) promovem no dia 26/11, das 10h às 16h, na Praça Patriarca, centro da cidade, a Ação Bate Coração. Haverá uma série de atividades gratuitas voltadas à saúde da população, em especial à prevenção da morte súbita cardíaca.

Quem passar pelo local poderá medir a pressão arterial e glicemia. Instrutores do CEJAM darão treinamento para o socorro em caso de parada cardíaca.

O SAMU-SP fará simulações de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) com o uso de desfibriladores e das ambulâncias e Unidades Rápidas de Atendimento por Motociclistas (URAMs) – apelidadas de motolâncias - e orientará a população sobre outros programas, como o Amigos do SAMU, implantado em 2008 para diminuir o número de trotes passados por crianças e adolescentes. A realização deste programa resultou numa significativa queda do número de trotes – 15% para 5%. Em setembro de 2013, por exemplo, o SAMU-SP registrou 58.526 trotes passados por crianças e adolescentes.

Parada Cardíaca

Cerca de 200 mil pessoas morrem de parada cardíaca no Brasil – metade em ambiente hospitalar. Fora do hospital, 85% dos casos ocorrem por algum tipo de arritmia. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Entende-se por parada cardíaca a sensação inesperada do movimento cardíaco, que pode ocorrer por doenças cardíacas, Acidente Vascular Encefálico (AVE), choque, etc. É importante afirmar que parada cardíaca não significa morte. Existem alguns sinais de sobrevivência: tossir, mexer alguma parte do corpo e respirar.

“Homens entre 50 e 60 anos são mais suscetíveis a infarto, que é mais comum no inverno (época em que a coronária fica mais fechada) e no período matutino, porque há uma liberação maior de hormônios responsáveis por ficarmos mais acelerados”, explica o coordenador médico do Suporte Avançado a Vida (SAV) do SAMU-SP, José Caruso.

Dor e pressão no peito acompanhada de mal-estar, dor de cabeça, dificuldade para respirar, palpitações e formigamento no braço esquerdo são sinais de que o coração precisa de ajuda imediata. “É sempre bom lembrar que pressão alta, diabetes, colesterol descontrolado, sedentarismo, fumo e obesidade são fatores de risco”, ressalta o médico.

Segundo a literatura médica internacional, a cada minuto sem atendimento adequado para uma parada cardíaca perde-se 10% da chance de sobrevida. Um dos objetivos da Ação Bate Coração é ensinar a população a realizar as técnicas de compressão torácica, considerada a principal causa de reversão da parada cardíaca. “A Campanha é de suma importância, porque conscientiza a população de que todos os indivíduos devem conhecer quais as principais manobras para salvar uma vida e a existência do desfibrilador. As pessoas precisam aprender a cadeia de sobrevivência (chamar ajuda, desfibrilação precoce, suporte avançado precoce e cuidados após a compressão torácica). O treinamento da população salva vidas”, afirma dr. José Caruso.

De janeiro a 22 de novembro de 2013, o SAMU-SP socorreu 6.699 pacientes em parada cardíaca aos hospitais públicos da cidade. Em 53 dos casos (cerca de 0,79%) a parada cardíaca foi revertida no local. No Brasil, o índice de sucesso de reanimação no Atendimento Pré-Hospitalar (APH) gira em torno de 2%.

Como fazer a compressão torácica?

Apoiar a palma da mão sobre o esterno (entre os mamilos) no meio do tórax. Colocar a segunda mão sobre a primeira. Esticar os cotovelos de forma que os braços fiquem perpendiculares ao corpo. Devem ser realizadas mais de cem compressões por minuto até que um profissional de saúde chegue ao local e assuma o caso.

Sobre o CEJAM

É uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, parceiro da Prefeitura de São Paulo no gerenciamento dos serviços de saúde. Trabalha também na área de educação através da Escola da Saúde CEJAM, que oferece cursos técnicos de enfermagem, atualização e pós-graduação. Seu centro de treinamento, credenciado pela American Hearth Association, já capacitou mais de mil profissionais em Suporte Básico de Vida para atuação no SUS.

Sobre o SAMU-SP

A Central 192 recebe, diariamente, em média, 8 mil chamados, dos quais 1.200 geram atendimento. Diariamente, o SAMU-SP coloca em operação entre 120 e 140 ambulâncias, além de 38 motolâncias nas 101 bases, distribuídas em todas as regiões da cidade, das quais 64 fixas e 37 modulares. Essas unidades foram distribuídas estrategicamente, para possibilitar um tempo-resposta de 10 minutos, em média, para ocorrências de prioridade 1 – casos em que há risco de morte.

O SAMU 192 do município de São Paulo foi Acreditado como Centro de Despacho de Emergências Médicas de Excelência. O título foi concedido em abril/2012 pela Academia Internacional de Despacho de Emergência Médica – 12/03/2012 (site www.emergencydispatch.org, em Accreditation), época em que o Serviço tinha apenas 11 meses de protocolo. Atualmente, o SAMU de São Paulo é o primeiro Centro do mundo acreditado operado por deficiente físico.

Serviço
Data: 26/11, terça-feira
Hora: 10h às 16h
Local: Praça Patriarca, centro da cidade