Prefeitura de São Paulo

De porta em porta, as duplas de agentes de zoonoses conversaram com moradores e verificaram locais com água parada

Por Beatriz Prado

A manhã deste sábado (07/03) foi de combate ao Aedes aegypti - o mosquito da dengue - na Vila Brasilândia. De porta em porta, as duplas de agentes de zoonoses conversaram com moradores, verificaram locais com água parada, encontraram larvas do mosquito e forneceram telas para cobertura de caixas d’água que estavam expostas ao tempo. O trabalho de intensificação para o controle da transmissão da dengue contou com a presença da vice-prefeita Nádia Campeão e do secretário municipal de Saúde José de Filippi Júnior na região.

A ação de eliminação e bloqueio de criadouros teve início no Jardim Vista Alegre e faz parte da política do município para o controle do vetor. “A Prefeitura está se empenhando com a atuação da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil para combater a proliferação. Neste momento a maior concentração de esforços é na região Norte, porque é a área com a maior notificação de casos. É fundamental que haja uma parceria com a comunidade, para que os moradores observem se existe foco dentro de casa e eliminem as possibilidades de proliferação”, destacou a vice-prefeita.

“A mobilização para o combate à dengue começou em novembro, pois a perspectiva era de que a transmissão do mosquito em 2015 fosse superior à registrada em 2014. Então, nos antecipamos e agora os trabalhos realizados no mês de março são considerados vitais, já que o pico de ocorrências acontece historicamente na terceira semana de abril e o objetivo não é amedrontar ou imobilizar a população, mas despertar a consciência sobre a importância de combater o mosquito e alertar para que busquem o serviço de saúde ao apresentar sintomas da doença”, afirmou Filippi.

'Conscientização deve ser de todos os moradores'

Mãe de dois filhos, Lucimar Souza sentiu fortes dores de cabeça e febre. Ela compareceu à unidade de saúde e, após a realização de exames, foi confirmado que que estava com dengue. No mesmo quintal da casa, uma caixa d’água descoberta mantinha o perigo por perto. “Sempre recebo a visita dos agentes de zoonoses e tenho cuidado para evitar o acúmulo de água parada. Entendo que a conscientização deve ser de todos os moradores, pois não adianta uma pessoa eliminar o foco se o perigo continua por perto”, disse Lucimar.

Há cinco anos trabalhando como agente de zoonoses na região de Brasilândia, Cristiana Sales forneceu a tela de proteção para o familiar de Lucimar e falou sobre o desafio de alertar a população. “As crianças são mais receptivas quando falamos sobre os cuidados com brinquedos e embalagens deixadas no quintal. Os cuidados são maiores em residências com moradores que já foram contaminados pelo mosquito, por isso, o trabalho e a tentativa de diálogo é constante”, disse Cristiana.

Se as altas temperaturas preocupam por acelerar o desenvolvimento do mosquito, a chuva também deve ser sinal de alerta. Morador da Vista Alegre há 28 anos, José Paulo enfrenta a crise de abastecimento de água com a coleta da chuva e disse que irá ampliar os cuidados ao ser informado sobre a presença de larvas do mosquito em um recipiente encontrado no quintal de sua casa.

Febre, dor de cabeça e dor nos olhos são os primeiros sintomas que devem levar a população a procurar uma unidade de saúde e solicitar o exame de sorologia para a dengue. Em apoio ao trabalho de combate ao mosquito, as equipes de Defesa Cívil do município estão percorrendo as ruas da cidade diariamente, com a distribuição de informativo e a divulgação de mensagem de som sobre os cuidados para evitar a proliferação da dengue. Por isso, receba os agentes de zoonoses.