Prefeitura de São Paulo

Por Felipe Aires

Um em cada 25 brasileiros sofre de incontinência urinária - perda involuntária da urina pela uretra. Isso acontece, muitas vezes, quando a pessoa apresenta fraqueza dos músculos do assoalho pélvico. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, as mulheres são as maiores atingidas. Mas isto não quer dizer muita coisa, já que a patologia pode atingir pessoas de qualquer sexo e faixa etária, inclusive bebês.

Apesar disto, o tema é pouco divulgado e muitos pacientes sofrem com vergonha de expor o problema, que tem cura. Para amenizar o problema, 14 de Março foi escolhido como data para conscientizar e sensibilizar a população sobre a doença, suas causas e sintomas.

Alguns cuidados simples podem ajudar a amenizar os efeitos da doença. Por exemplo: evitar a ingestão de bebidas gaseificadas, alcoólicas e aumentar o consumo de água, uma vez que ela contribui para manter a hidratação e ajuda a evitar problemas como obstipação e cálculos renais.

Causas

Comidas, bebidas e alguns medicamentos que instigam a bexiga podem aumentar o volume da urina ao atuarem como diuréticos e fator de incentivo indireto à doença.

Grandes doses de vitaminas B ou C, álcool, refrigerante, cafeína, alimentos ricos em açúcar ou muito ácidos e cítricos, medicamentos para pressão arterial e doenças cardíacas, relaxantes musculares e sedativos são estimuladores do problema.

Durante a gravidez é normal ocorrer o desenvolvimento da incontinência urinária. O mesmo ocorre na menopausa, no envelhecimento e durante doenças causadas por distúrbios neurológicos (esclerose múltipla, AVC, mal de Parkinson etc). A obesidade também aparece como um dos fatores de risco.

Tratamento

Em caso diagnosticado, o médico - especialista ou clínico geral -, escolhe o tratamento, que em geral começa pelo menos invasivo. Retardar em dez minutos a ida ao banheiro, depois de ter o desejo de ir, é um dos métodos usados para treinar a bexiga. Cirurgias são indicadas apenas em último recurso.