Prefeitura de São Paulo

Durante as duas primeiras semanas de julho foram realizadas oficinas, com pacientes da Unidade, para que eles vivenciassem o cotidiano do idoso

Por Talita Coutinho

Quando a terceira idade chega, é preciso redobrar a atenção e os cuidados. Nesta época da vida surgem algumas limitações e o idoso pode sofrer até violências verbais ou físicas. Pensando nesse problema, a equipe de Serviço Social e Pedagogia do Ambulatório de Especialidades Armando Aguiar Pupo, do Tucuruvi (AE Tucuruvi), formulou o Projeto de Conscientização da Violência contra a pessoa idosa. Durante as duas primeiras semanas de julho foram realizadas oficinas, com pacientes da Unidade, para que eles vivenciassem o cotidiano do idoso. Em agosto, a unidade realizará novas atividades para promover a humanização no atendimento aos idosos.

Durante as duas primeiras semanas de julho, como forma de levar usuários voluntários a sentir os problemas enfrentados pelos idosos, a equipe de Serviço Social montou, na sala de espera do ambulatório, uma trilha de obstáculos. Nela, os voluntários - incluindo jovens - tiveram de caminhar usando óculos embaçados, algodão no ouvido e pesos nas pernas. Subiram escadas e usaram bengalas. Também foram ministradas palestras sobre violência doméstica, cuidados que os idosos devem ter para evitar quedas e qual providência tomar caso elas ocorram.

A Assistente Social Antônia Machado falou sobre as principais dificuldades da terceira idade e a participação de usuários jovens no projeto. “Todos nós envelhecemos, mas a sociedade é violenta com relação à terceira idade. Infelizmente os idosos sofrem muita violência, pois têm suas limitações, dificuldades em ouvir, se locomover e enxergar”, disse Antônia.

Humanização

Pensando na humanização e na melhora no atendimento prestado aos idosos, a unidade está montando um calendário de atividades a serem realizadas em agosto, com as equipes do Ambulatório. O projeto também visa a integração dos funcionários da unidade com os usuários. Os idealizadores do projeto pensam ser preciso ter um olhar diferenciado, com mais atenção e sensibilidade para atender os idosos da melhor forma possível.

“Nosso trabalho é contínuo, o projeto tem início, meio, mas não tem fim, porque vai ter que continuar no dia a dia. Os jovens ficarão idosos, e por isso a educação tem que ser desde cedo, para a sociedade ter um olhar diferenciado para o idoso”, afirma a estagiária de Serviço Social Maria Aparecida Gonçalves Vieira.

“Eu acredito que nós estamos a serviço do usuário, queremos atendê-lo como um cidadão de direito. Portanto, o meu olhar tem que ser de respeito para que ele saia daqui satisfeito. E já podemos ver os resultados”, finaliza Antônia.