Secretaria Municipal da Saúde
Mudança de hábitos pode ser o melhor remédio para o colesterol
Por William Amorim
Segundo dados de 2014 do Ministério da Saúde cerca de 18,4 milhões de brasileiros com mais de 18 anos apresentam colesterol alto, o que representa 12,5% da população adulta. Como forma de conscientização, sábado (8) é celebrado o Dia Nacional do Controle do Colesterol.
O colesterol é a gordura que existe normalmente no sangue e é essencial para a fabricação de certos hormônios. O organismo humano produz 70% da substância, mas algumas pessoas produzem mais devido a fatores genéticos. Já os outros 30% são de origem dos alimentos ingeridos. Somente alimentos de origem animal contêm colesterol.
Colesterol bom e ruim
A substância pode ser classificada como boa e ruim. O colesterol ruim (LDL) gruda nas paredes das artérias, pois é uma substância gordurosa que não se dissolve no sangue, formando placas que aumentam de tamanho e podem obstruir as vias. Se a artéria entope, o sangue não consegue passar para levar oxigênio e nutrientes para os órgãos, causando lesões. Por exemplo, se a pessoa estiver com entupimento em uma artéria do coração, ela terá um infarto. Se for uma artéria do cérebro, terá um derrame (AVC).
Já o colesterol bom (HDL) realiza um processo inverso. Ele remove o excesso de gordura para que não haja a formação de placas nas artérias. Para aumentar o índice do HDL, basta uma mudança de hábitos: trocar alimentos gordurosos por alimentos saudáveis, praticar atividades físicas regularmente, diminuir o excesso de peso, não fumar etc.
“Os alimentos saudáveis ajudam a aumentar o colesterol bom, principalmente os que contêm fibras como castanha, abacate e o azeite cru (sem ser aquecido). Há produtos muito caros, então, temos sempre a preocupação de indicar alimentos que o paciente tenha condições de adquirir”, explica a enfermeira responsável técnica da UBS Novo Jardim (M’Boi Mirim), Lusinete Morais da Silva.
Doença silenciosa
O perigo está no silêncio da doença, que muitas vezes não causam sintomas e só é detectada através de exames de sangue. O medicamento não é sempre necessário e nem é a primeira opção, pois quando uma pessoa adota um estilo de vida saudável os resultados são muito positivos. Mas, se o paciente se enquadrar em algum fator de risco, é necessário o uso de medicamentos. Isso não significa que ele precisará do remédio para o resto da vida.
“É um processo lento, um trabalho de formiguinha, sempre batemos na mesma tecla para conseguir um bom resultado. O trabalho com os idosos é mais fácil, pois eles percebem mais rápido que é preciso mudar os hábitos. Já os adultos sempre têm a desculpa da falta de tempo e do excesso de trabalho”, diz a enfermeira da UBS Novo Jardim Tamires Michele Demichili.
Veja como você pode ajudar:
• Tenha uma alimentação saudável.
• Não fume.
• Pratique exercícios físicos regularmente.
• Evite excesso de bebidas alcoólicas.
• Diminua o excesso de peso.
• Mantenha sob controle a hipertensão e o diabetes.
• Aprenda a administrar o estresse.
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