Secretaria Municipal da Saúde

Segunda-feira, 31 de Agosto de 2015 | Horário: 17:12
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No Brasil já são 44% as queixas relacionadas a males no estômago

Nem sempre problema é relacionado à gastrite. Saiba identificá-la

Por Caroline Pellegrino


Vida agitada e alimentação cada vez mais comprometida. Essa combinação só faz mal à saúde. Não raro, ouvimos a expressão “minha gastrite está atacada”. Entretanto, a percepção de que há um aumento no número de casos de “gastrite” está relacionada ao aumento de queixas relacionadas ao estômago que, segundo trabalhos científicos, representa prevalência estimada entre 19,5% e 44% da população no Brasil.

Literalmente, gastrite significa “processo inflamatório no estômago”, situação só revelada por meio de biópsia realizada com exame endoscópico. Entretanto, utiliza-se popularmente o termo “gastrite” como queixa correspondente aos chamados “sintomas dispépticos”, que vão de má-digestão à dor de estômago.

O estômago dá continuidade ao processo de digestão iniciado na boca, realizando a digestão de proteínas. Para que isso ocorra, o estômago produz ácido clorídrico - o ácido mais forte da natureza -, juntamente com enzimas digestivas. “A principal causa de gastrite decorre justamente do aumento do ácido clorídrico no estômago. Com o órgão mais ácido, a parte interna (mucosa) que reveste o estômago sofre lesões. Elas ocasionam um processo inflamatório, tornando o estômago mais avermelhado e provocando algumas erosões superficiais”, explica o gastroenterologista Paulo Kron Psanquevich, assessor técnico da Secretaria Municipal de Saúde.

As gastrites podem ser agudas ou crônicas

As agudas podem ser causadas por:
- Anti-inflamatórios não-hormonais (como aspirina e remédios para dor de coluna vertebral).
- Uso do álcool.
- Tabagismo.
- Pacientes gravemente enfermos em UTI, ou que estão submetidos à quimioterapia.
- Traumas, queimaduras.
- Cirurgias complicadas.

As crônicas podem ser causadas por:

- Helicobacter pylori (bactéria relacionada à gastrite e úlcera).
- Alterações imunológicas (doenças auto-imunes).
- Uso do álcool e fumo.
- Pós-cirúrgicas.
- Doenças granulomatosas (como a tuberculose) e outras doenças infecciosas por vírus.

Cuidados:

- A alimentação deve ser fracionada: Em porções menores, a dieta é fundamental para estimular o trabalho do estômago de forma uniforme, de modo que o ácido clorídrico seja utilizado durante a digestão dos alimentos e não permaneça muito tempo no estômago sem a presença de alimentos.
- Não permanecer muito tempo em jejum: O jejum favorece que o ácido clorídrico do estômago fique “parado”. Quanto mais prolongado o período de jejum, maior é a acidez, e o estômago vazio é uma condição que pode favorecer inflamações.

- Evitar refeições exageradas: Quando a alimentação é excessiva, o estômago não consegue realizar a digestão adequadamente e estimula mais ainda a produção de ácido clorídrico.

Evite:

- Pimenta.
- Alimentos condimentados.
- Tabaco.
- Bebidas alcoólicas.
- Refrigerantes.
- Cafeína contida no café.
- Chá preto.
- Chocolate.
- Bebidas energéticas.
- Goma de mascar (chicletes).

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