Secretaria Municipal da Saúde

Quarta-feira, 2 de Setembro de 2015 | Horário: 19:06
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Participação da Saúde é contribuição importante no planejamento de eventos na cidade de São Paulo

Órgão cria grupo de planejamento que orienta e avalia os riscos de todos os eventos ocorridos na capital

Por Patrícia Pasquini

São Paulo é a cidade dos eventos e festivais. Anualmente, sedia cerca de 90 mil eventos temporários. Em 2014, a capital paulista foi reconhecida com o prêmio IFEA World Festival & Event City como destino que não mede esforços para proporcionar um ambiente propício para eventos e festivais bem sucedidos.

A conquista dos olhos do mundo não vem somente da fama da hospitalidade ímpar. A expertise da metrópole paulistana também se deve a um fator importante: a segurança sanitária. Nesta gestão foram criados o Grupo de Planejamento Estratégico para Eventos e Eventos de Massa (GPAE) e uma legislação específica para a elaboração de planos médicos de forma sistemática e objetiva. “É preciso planejar com cuidado um evento de massa, para que o promotor do evento tenha condições de atender as demandas que possam aparecer. O órgão avalia os planos e tornar os eventos seguros no aspecto sanitário. Antes, a preparação era feita sem base científica e nem tecnologia. Como muitos desses eventos atraem milhões de pessoas foi necessário criar um planejamento médico”, explica o coordenador do GPAE, Domingos Costa Hernandez Júnior.

Segundo a Portaria 677/2014 COMURGE/SMS - Eventos Temporários, o promotor do evento precisa apresentar ao GPAE um memorial descritivo, contendo o tipo, local, horário e duração do evento; características do público; faixa etária; número de pessoas; controle de acesso; acomodação; climatização do ambiente; acesso a líquidos (água); consumo de álcool, probabilidade de drogas ilícitas. Depois, é feito um scor para a classificação do risco e informados os recursos que serão utilizados. Os riscos podem ser classificados como baixo, médio, alto, altíssimo e risco especial. “No caso de eventos com características especiais, além do scor, o GPAE faz uma avaliação técnica. Cabe à Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA) avaliar a qualidade das empresas que prestam serviço médico, se estão ou não preparadas e cumprem a legislação sanitária. Se a empresa estiver situada em outro Município, consultamos a Vigilância Estadual”, completa Domingos.

A documentação deverá ser apresentada ao GPAE 20 dias antes do evento. A liberação ou não do mesmo sai em até cinco dias. Se a anuência não for concedida, o responsável pelo evento pode reapresentar o plano. No segundo semestre de 2014, foram avaliados 341 eventos. Destes, 36 foram negados. No primeiro semestre de 2015, o GPAE avaliou 799 eventos, com 106 negativas para a liberação. “Hoje, garantimos mais segurança para quem frequenta os eventos da cidade. A Secretaria Municipal da Saúde é coadjuvante nesta conquista. Vamos aprimorar ainda mais a eficácia do sistema. O atendimento a ocorrências tem sido feito de forma mais técnica e com maior resolutividade e organização”, ressalta Domingos Hernandez.

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