Secretaria Municipal da Saúde

Quinta-feira, 8 de Outubro de 2015 | Horário: 18:32
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Doenças respiratórias levam mais de 16 mil crianças à internação na Rede SUS

Menores de um ano são as campeãs de internação

Por Patrícia Pasquini

Coceira e irritação no nariz, espirros, obstrução nasal, coriza, tosse, irritação na boca, nos olhos, na garganta ou pele; cansaço e falta de ar. Esses são os sintomas típicos de rinite, uma das doenças respiratórias mais prevalentes na infância. A lista ainda inclui asma, sinusite e bronquiolite viral aguda.

O nariz é a porta de entrada para o ar e substâncias carregadas por ele, e tem a função de filtrar as impurezas, além de umidificar e aquecer o ar que chega aos pulmões. “Rinite e asma, às vezes, estão ligadas à parte genética. A relação entre as duas é comum. Quem apresenta asma deve investigar se tem rinite e vice-versa. Se mal controlada, a rinite pode desencadear crises de asma. Pacientes com rinite também têm probabilidade maior de desenvolver sinusite. A rinite predispõe às crises de sinusite, pois o edema da mucosa nasal dificulta a drenagem dos seios paranasais, propiciando a proliferação bacteriana”, afirma Andréa da Silva Munhoz, pediatra e pneumonologista da área técnica da Saúde da Criança e do Adolescente da Secretaria Municipal da Saúde.

Internações

Dados da Coordenação de Epidemiologia e Informação (CEInfo) da SMS apontam que, de janeiro a julho deste ano, 16.193 crianças entre zero e nove anos foram internadas na Rede SUS por causa de doenças do aparelho respiratório. Em 2014, foram 25.214 internações pelo mesmo motivo.

Das 16.193 internações, 7.034 referem-se a menores de um ano; 6.554 entre um e quatro anos e 2.605 dos cinco aos nove anos. Em 2014, das 25.214 internações, 10.593 relacionam-se a menores de um ano, 10.377 entre um e quatro anos e 4.244 dos cinco aos nove anos.

Bronquiolite Viral Aguda e o Aleitamento Materno

A bronquiolite é uma infecção infantil comum, em que ocorre o inchaço e acúmulo de muco nos bronquíolos (passagens menores de ar presentes nos pulmões). Causada por vários vírus respiratórios, geralmente acomete crianças na faixa até os dois anos de idade. A doença tem o pico entre os seis meses e um ano de idade.

“É preciso chamar a atenção para a importância do leite materno, na prevenção contra as infecções. Até os seis meses de idade a criança não produz anticorpos. Por isso, indicamos o aleitamento materno pelo menos até os dois anos de idade”, diz a pediatra. Segundo ela, até um ano de idade a criança não deve tomar leite de vaca porque pode desenvolver alergia a proteína do leite com manifestações gastrointestinais, de pele e até mesmo pulmonar com crises de chiado.

Como evitar as doenças respiratórias?

- Hidratação: beba água e sucos naturais.
- Tome as vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde.
- Higiene: lave bem e com frequência as mãos. A higienização da residência também é importante para evitar a proliferação de ácaros.
- Deixe o ambiente arejado.
- Evite locais fechados e aglomerados.
- Evite contato com poluição e cigarros.
- Evite umidificador de ar, pois a limpeza inadequada pode proporcionar a liberação de fungos no ambiente. O melhor é deixar no local um pano molhado ou uma bacia com água.

Dicas:
Café
* Beber café pode aliviar a crise de asma. A explicação é simples. O café melhora a broncoconstrição (quando os brônquios contraem levando a uma redução na passagem de ar pelas vias aéreas). A cafeína é broncodilatadora.

Alho
* Para quem sofre de asma e/ou bronquite, o alho é um santo remédio. Ele contém N-acetilcisteína, que ajuda o muco a ficar mais fluído e permite a liberação da secreção de forma mais rápida.
Receita:
Corte o alho em quatro partes, coloque em um copo com água quente, deixe tampado de três a cinco minutos, coloque um saquinho de chá e adoce como quiser.
Abacaxi e couve possuem a mesma propriedade e ajudam a liberar a secreção.

Couve
Num liquidificador adicione 30g de folhas de couve e 1 litro de água. Beber três a quatro vezes por dia.

Abacaxi
Adicione um abacaxi descascado em um recipiente e corte aos cubos. Em seguida, adicione aproximadamente 500 g. de mel. Leve ao fogo e deixe ferver até formar um melaço. Ao esfriar, beba de duas a três colheres de sopa por dia.

 

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