Secretaria Municipal da Saúde

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2015 | Horário: 18:47
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Infestação por baratas aumenta no verão

Variações climáticas da região - principalmente calor e umidade alta - favorecem desenvolvimento e reprodução desses insetos

 Por Tânia Moreira

A Prefeitura de São Paulo recebeu 8.017 solicitações referentes à presença de baratas, através do Sistema de Atendimento ao Cliente (SAC), entre 2006 e 2015. Até o final de outubro de 2015 foram 1.054 casos notificados com percentual de conclusão de 96% das solicitações. Esses insetos têm nas grandes cidades seu principal criadouro. As baratas podem transmitir doenças como gastrenterite, diarreia e toxoplasmose, entre outras.

Este fenômeno é essencialmente sazonal, relacionado com as variações climáticas da região. Calor e umidade alta favorecem o desenvolvimento e a reprodução das baratas, que causam incômodo e prejuízos.

As baratas são insetos de desenvolvimento por metamorfose incompleta (ovo-ninfas-adulto), possuem hábitos alimentares bastante variados, preferindo os ricos em amido, açúcar ou gordurosos. Também podem se alimentar de celulose, como papéis, ou ainda sangue, insetos mortos, resíduos de lixo ou esgoto.

Criadouros

As áreas urbanas, especialmente aquelas com populações concentradas, são perfeitos criadouros graças a enorme disponibilidade de alimento para as baratas, que são ativas durante a noite quando deixam seus abrigos à procura de alimentos e escondem-se durante o dia para terem mais chances de escapar de seus predadores.

"No Brasil, em áreas urbanas, existem as espécies mais comuns que se aproximam do convívio com o homem, a começar pela barata alemãzinha (Blatella germanica), também chamada de francesinha ou mesmo paulistinha. A sinantrópica de importância em nosso país é a barata americana (Periplaneta americana) chamada de barata dos esgotos e a espécie mais prevalente em é a barata oriental (Blatta orientalis)" explica Kleber Agari Campos, biólogo do Centro de Controle de Zoonose.

Cuidados

As medidas preventivas baseiam-se no controle ambiental. Alguns cuidados são importantes para a prevenção de baratas. Confira:

• Acondicionar o lixo em sacos plásticos e dentro de latas apropriadamente fechadas e limpas.

• Vedar frestas, rachaduras e vãos que possam servir de abrigo.

• Colocar telas, grelhas, ralos do tipo “abre-fecha”, sacos de areia ou outros artifícios que impeçam a entrada desses insetos através de ralos e encanamentos.

• A limpeza adequada do sistema hidráulico representa o eixo central de um efetivo controle das infestações de baratas. Em geral, as pessoas não sabem que a água, como um vazamento de canalizações ou um entupimento parcial de um dreno, é tão atrativa para as baratas quanto o próprio alimento. Porém, é necessário inspecionar periódica e cuidadosamente caixas de papelão, caixotes, atrás de armários, gavetas e todo tipo de material que adentre ao ambiente e possa estar servindo de transporte ou abrigo às baratas e suas crias.

Riscos

A presença de baratas, formigas e moscas nas residências requer atenção. “Elas disseminam bactérias, fungos e vírus por circular em ambientes sujos e inóspitos e podem transmitir doenças como gastrenterite, diarreia e toxoplasmose. Além disso, trazem complicações respiratórias como bronquite e alergias", conclui Campos.


Queixas


As solicitações para controle de baratas são realizadas por meio do SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) ou pelo telefone 156. São executadas pelas Supervisões de Vigilância em Saúde (SUVIS), distribuídas por todas as regiões da cidade. A COVISA (Coordenação de Vigilância em Saúde ) não executa ações dentro das residências, somente em áreas públicas e externamente para controle de baratas de esgoto. Se a infestação é proveniente de área externa (esgotos e boca de lobo) o órgão executa o controle para diminuição da infestação.

 

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