Prefeitura de São Paulo

Por Patrícia Pasquini

O Hospital Municipal e Maternidade Escola Doutor Mario de Moraes Altenfelder Silva (Maternidade Cachoeirinha) realizou, nesta quinta-feira (3), a partir das 8h, um mutirão para a inserção do implante subdérmico de etonogestrel para contracepção (inplanon). Foram selecionadas 25 pacientes, moradoras na comunidade de Vila Nova Cachoeirinha, com perfil preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - adolescentes com muitos filhos e/ou usuárias de drogas. Antes do procedimento, todas foram avaliadas.

“Existe um consenso na literatura médica que nessas populações os métodos anticoncepcionais mais adequados são os de ação prolongada. Pela eficácia, pelo baixo índice de efeitos secundários e pelas taxas de continuidade elevada, destacamos o implante subdérmico de etonogestrel. A OMS normatizou que esse método é o melhor para as populações vulneráveis à gravidez não programada”, afirma o coordenador da Clínica Ginecológica da Maternidade Cachoeirinha, Geraldo Mauricio de Nadai.

A inserção do implante é simples e deve ser realizada por médico treinado com a utilização de anestésico local. O procedimento é ambulatorial e feito, preferencialmente, na face interna do braço. A margem de falha é inferior a 0,1% e a duração preconizada pelo fabricante é de três anos.

A paciente pode retomar as atividades diárias logo após a inserção. O método é contraindicado para gestantes e mulheres com doenças tromboembólicas. Os efeitos colaterais são acne, irregularidade menstrual, cefaleia, ganho de peso, redução da libido e perda de pelo e cabelo (alopecia). A ação anticoncepcional começa no momento da inserção.

O setor de planejamento reprodutivo da maternidade foi totalmente reestruturado em 2015 e, desde maio, atende regularmente pacientes encaminhadas pelas UBS de referência e da Instituição para planejamento. A Maternidade Cachoeirinha localiza-se na região do Município onde os índices de gravidez na adolescência são mais elevados.