Prefeitura de São Paulo

Por Karina Mendes

A cada dois meses acontece, na Biblioteca Mário Schenberg (Vila Romana), o Fórum Regional do Idoso da Lapa. O evento é promovido pela Supervisão Técnica de Saúde Lapa/Pinheiros (STS Lapa/Pinheiros) e busca garantir os direitos da população idosa. A ideia da reunião surgiu após idosos da região queixarem-se de não ter com que conversar. O último encontro do ano, realizado no último dia 10, foi comemorado com festa.

Considerando o descontentamento e o fato de a região Lapa/Pinheiros concentrar o maior número de habitantes com mais de 60 anos no município de São Paulo (cerca de 115 mil habitantes), foi criada há dois anos uma comissão organizadora. O órgão passou a procurar parceiros e formular meios de proporcionar cultura, lazer, saúde e conhecimento aos idosos. O fórum reúne aproximadamente 70 pessoas por encontro. É aberto a idosos de todas as regiões do município que queiram participar.

Desde então, atividades físicas, danças e rodas de conversa sobre cotidiano, programas de saúde e leis que garantem os direitos passaram a fazer parte de suas vidas. Na reunião do último dia 10 uma festa animou os idosos, que dançaram ao som da Banda Sintonia Fina.

‘Discutimos nossos direitos’

Regularmente são realizadas reuniões entre a comissão e o Núcleo de Advogados da PUC, parceiro do projeto, para que sejam levantadas opiniões e informações sobre propostas de benefícios nas áreas de saúde, lazer e cultura em prol dos idosos. “Aqui nós discutimos os nossos direitos e passamos a explorar benefícios que antes não conhecíamos. Todos os proveitos que o fórum traz são ótimos”, diz Maria José, de 78 anos, frequentadora assídua dos encontros.

Em 2016 o projeto terá apoio da Secretaria Municipal de Cultura, que junto à STS oferecerá música, teatro e passeios pensando no bem-estar e melhora de qualidade de vida dos idosos da Lapa. A agenda do fórum é montada anualmente. Maria Bertolina Morais, uma das organizadoras, explica que as pautas são escolhidas de acordo com os desejos e necessidades dos participantes.

“Buscamos saber o que eles querem e quais são suas dúvidas. Todos os encontros são trabalhados em cima de suas necessidades”, afirma Bertô, como gosta de ser chamada. Segundo ela, é necessário que os idosos se interessem por seus direitos e se façam presentes na luta para conquistá-los. “Eles têm garantia saúde, lazer e diversas outras coisas. Para que obtenham esses direitos, nós precisamos estar juntos, lutar unidos”, afirmou.