Secretaria Municipal da Saúde
Estudantes do “Tamo Junto” de Santo Amaro e Cidade Ademar realizam primeiro encontro
Por Felipe Aires
Estudantes do programa “Tamo Junto” da região Sul tiveram seu primeiro encontro, no último dia 4, no auditório da Diretoria Regional de Educação de Santo Amaro. O Programa #Tamojunto, que promove discussões entre alunos de dez a 14 anos de idade, em uma linguagem descontraída e acessível, abordando diversos assuntos e situações de stress que podem levar adolescentes a usar drogas.
Cerca de mil alunos de 15 colégios estão envolvidos no projeto. Para Marina Paes, formadora nacional do “Tamo Junto”, o trabalho realizado com as crianças é capaz de levar autonomia e capacidade de discernimento aos jovens que estão iniciando suas vidas: “É incrível como essas crianças evoluem durante o programa.
Adolescentes, em geral, são extremamente curiosos e têm a mania de achar que sabem de tudo. Eles possuem muitas questões e é uma fase onde muita coisa nova acontece ao mesmo tempo. Este encontro é o primeiro e o balanço do programa é totalmente positivo”, disse.
Multiplicadoras do programa do Ministério da Saúde, além da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Saúde da Criança, Secretaria Municipal da Educação, e representantes da Supervisão Técnica de SACA, Coordenadoria Regional de Saúde Sul, dentre outros, estiveram presentes no local.
O evento contou com atividade cultural dos estudantes, mesa de café da manhã, troca de experiências entre os estudantes e debate dos envolvidos no programa. “A proposta que passamos para os estudantes é que eles deixassem suas marcas no programa. A gente os orientava, mas quem discutia e desenvolvia os assuntos eram eles, sempre com total autonomia. É admirável ver como eles estão por dentro dos assuntos e como têm personalidade. É uma fase da vida muito difícil, de muitas descobertas e, também, muito perigosa. Discernimento é uma palavra chave nesse momento deles” disse a educadora física Rosângela Gregnamin.
'Estamos aprendendo sempre'
As amigas Joyce e Paola, ambas de 13 anos, contaram que descobriram informações que antes não sabiam e que, por isso e por todos os debates entre os colegas, o programa foi muito bom para o desenvolvimento delas: “Eu não fazia ideia de muitas coisas que hoje estão mais claras. Todos nós estamos aprendendo sempre e acredito que, como a professora Rosângela disse, essa autonomia foi essencial para o nosso desenvolvimento e entendimento das coisas a nossa volta. Aprendemos muito.” disse Paola.
A amiga Joyce completou, dizendo: “Eu tinha vergonha de perguntar as coisas no começo. Minhas colegas também tinham. Ficou bem claro que muitas informações que pessoas da nossa idade nos passavam, na realidade, não eram bem aquilo. Um exemplo que lembro bem é do narguilé, que muitos afirmam que não faz mal, mas o programa nos mostrou como e o quanto faz mal. Mas as pessoas tratam como algo benéfico para a saúde”.
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