Secretaria Municipal da Saúde

Segunda-feira, 22 de Fevereiro de 2016 | Horário: 18:58
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Governo federal e Instituto Butantan assinam parceria para desenvolvimento de vacina contra a dengue

Investimento será de R$300 milhões. Primeiros R$100 milhões serão aplicados nos próximos dois anos. Dezessete mil voluntários de 13 cidades nas cinco regiões do Brasil participarão dos estudos e serão vacinados durante um ano

Ministro da saúde Marcelo Castro, assina contrato com o Instituto Butantan

 

Por Keyla Santos
Foto: Edson Hatakeyama


Foi assinado nesta segunda-feira (22), pelo ministro da saúde Marcelo Castro, contrato com o Instituto Butantan para o financiamento da terceira e última fase da pesquisa clínica para vacina tetravalente (para os quatro sorotipos) contra a dengue. O total de investimento do governo federal será de R$300 milhões, sendo que os primeiros R$100 milhões serão aplicados nos próximos dois anos. Na ocasião ocorreu o início da vacinação de um grupo de voluntários. Também foi assinado um documento entre o Ministério da Saúde e o Instituto para o desenvolvimento do soro para o tratamento de paciente com Zika, com objetivo de reduzir os efeitos da doença. A presidenta Dilma Roussef destacou que esse passo representa um avanço para o Brasil.

“A vacina contra os quatro sorotipos da dengue é um avanço para o Brasil em dois sentidos: primeiro, porque vai assegurar uma cobertura muito grande para nossa população de uma doença que é a dengue e que atinge muitas pessoas, milhões de pessoas. Em segundo lugar, firma o papel do Brasil - e aí o Instituto Butantã está de parabéns -, como tendo um laboratório capaz de produzir uma vacina que seria usada numa parte importante da humanidade”, disse a presidenta.

Voluntários

No total, 17 mil voluntários de 13 cidades nas cinco regiões do Brasil participarão dos estudos e serão vacinados durante um ano. Os resultados da pesquisa dependem de como será a circulação do vírus, mas o Butantan estima ter a vacina contra a dengue disponível em 2018.

Além dos recursos do Ministério da Saúde, estão sendo analisados outros R$ 100 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio de um contrato da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), e R$ 100 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

Dilma destacou a importância das pesquisas para a prevenção e tratamento do Zika vírus, como o estudo para vacinas e o estudo, objeto do segundo contrato, sobre o soro para tratar as pessoas que foram infectadas pelo Zika vírus. “Entre esse momento que o que não temos a vacina até termos, precisamos tomar uma atitude efetiva para evitar que mais crianças nasçam com microcefalia e mais pessoas tenham dengue, febre chikungunya e Zika, que é o extermínio dos criadouros do mosquito que se encontram em água parada e em vários outros locais [...]Tive a informação que na cidade de São Paulo quase 80% dos criadouros estão dentro das casas. Por isso, a campanha que temos feito tem o objetivo de garantir que pelo uma vez por semana, por 15 minutos, as pessoas façam uma faxina em relação às águas paradas, eliminando os criadouros”, comentou a presidenta.

Questionado sobre o prazo para circulação da vacina contra a dengue para a população geral, o secretário estadual de Saúde David Uip afirmou que em pesquisa, em ciência, não há previsão otimista, mas sim dados realistas. “Depois que a vacina, no entendimento do grupo independente for efetiva, ela será submetida aos órgãos regulatórios. Quando isso acontece, é dado início à produção. Pode ser em seis meses, pode ser em um ano, vai depender dos achados. Em ciência não tem ‘achometro’. Na ciência tem resultados avaliados estatisticamente”, disse Uip.

 

 

 

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