Secretaria Municipal da Saúde
Idoso deve redobrar cuidados com hidratação
Por Talita Coutinho
Nesta época do ano, quando ainda ocorrerem altas temperaturas, temos que ter muita atenção com nosso organismo. Os idosos, principalmente, correm mais riscos de desidratação. A Coordenadoria Regional de Saúde Norte (CRS Norte), por meio da Unidade Básica de Saúde (UBS) Santa Maria (Casa Verde), procura sempre orientar os pacientes idosos sobre o problema.
A desidratação se caracteriza pela baixa concentração não apenas de água, mas também de sais minerais e líquidos orgânicos no corpo, a ponto de impedir que o organismo realize suas funções normais.
Daniella Barbosa Pereira, generalista da UBS Santa Maria, explica os motivos dessa fragilidade. “Um dos problemas dos idosos é que todo o tecido do corpo vai se modificando com o passar do tempo. Há inclusive a perda da massa muscular. Então, eles desidratam por sua própria fragilidade. Há ainda o desenvolvimento da hipertensão, diabetes e outros problemas que propiciam a dificuldade na retenção de líquido. No calor, o idoso tem que se hidratar com mais frequência, poia a pele perde colágeno, um fator também de proteção, elasticidade”, disse.
O corpo do ser humano é formado por 70% de água, substância importante para qualquer tipo de tecido. O uso de medicamentos também pode influenciar, principalmente remédios anti-hipertensivos, usados no controle da pressão. Esses medicamentos funcionam como diuréticos, ou seja, fazem com que o paciente perca o líquido pelo a urina.
Todos nós perdemos líquidos, mas o mecanismo de compensação dessa perda é mais difícil no idoso. Muitos perdem a capacidade de reconhecer que estão com sede e precisam tomar água. Às vezes, a hidratação depende da ajuda de um familiar ou cuidador.
Nirceu de Oliveira, de 66 anos, é paciente de Daniella. “Não gosto muito de água. Eu aderi à água com sabor para conseguir beber mais. Hoje, tomo água com sabor, consigo beber dois litros por dia”, afirmou.
Sintomas da desidratação
A desidratação se caracteriza pela sede exagerada, boca e pele secas, diminuição da quantidade de urina produzida no dia, hipotensão, hipoglicemia, aumento da frequência cardíaca e, em casos mais graves, até o desmaio. “Às vezes, ocorrem algumas intoxicações no idoso e aí vem a diarreia, que resulta em mais uma perda de volume”, afirmou a médica.
Lia Nascimento, de 77 anos, também paciente da UBS Santa Maria, já sofreu com desidratação. “Tive vômitos, diarreia e fraqueza. Quase não tomava água. Hoje, aprendi a lição. Tomo dois litros por dia e nunca mais tive este problema”, disse.
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