Secretaria Municipal da Saúde
Saúde realiza I Encontro Municipal de CAPS Infantojuvenil
Por Beatriz Prado
Fotos: Edson Hatakeyama
A Secretaria Municipal da Saúde, por meio do Projeto Rede Sampa – Saúde Mental Paulistana - realiza o I Encontro Municipal de CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Infantojuvenil nesta terça (19) e quarta-feira (20), das 9h às 19h, no Auditório Elis Regina do Anhembi. A abertura do evento contou com a participação do secretário municipal da saúde Alexandre Padilha, da coordenadora da Rede São Paulo Carinhosa e primeira-dama Ana Estela Haddad, da secretária de Assistência e Desenvolvimento Social Luciana Temer e do coordenador de Saúde Mental do município Roberto Tykanori.
Ao som do grupo “Meu bloco na Rua”, do Cecco Freguesia do Ó, familiares, gestores, usuários e profissionais da rede deram início ao Encontro no saguão do Centro de Convenções Anhembi. Para o secretário Alexandre Padilha, reunir profissionais e famílias é o momento ideal para a troca de experiências e a quebra de preconceitos.
“O Encontro é uma oportunidade de celebrar a diversidade. Tudo é muito bonito e permite aos profissionais mostrarem um pouco do trabalho realizado nas unidades e que dão a cara para o serviço de saúde mental do município, e são fundamentais para o SUS. O encontro também permite a troca de experiências sobre como lidar com os transtornos mentais, a relação com a família, a comunidade, e assim todos saem mais fortalecidos, para lidar com temas muito sensíveis”, disse o secretário.
‘A melhora é visível’
Márcia Aparecida Fernandes é a mãe de Rodrigo, de 8 anos, o primeiro a subir ao palco e se juntar ao suingue do “Meu bloco na Rua”. “Meu filho é autista e desde os quatro anos frequenta o CAPS Infantil da Mooca. A melhora é visível. Hoje ele já consegue fazer lições de matemática, está aprendendo espanhol, mas fica alucinado mesmo é ao ver a animação do samba”, afirmou Márcia.
Durante os dois dias do encontro os visitantes terão acesso a rodas de conversas sobre acolhimento, geração de renda, criminalização da infância e juventude, educação, álcool e drogas, exibição de filmes e mostra de artes. “Nós precisamos mudar o nosso olhar em relação à saúde mental. Os trabalhos realizados e expostos pelos frequentadores dos CAPS no encontro são belíssimos. Um dos painéis é uma pintura praticamente perfeita da [escritora] Clarice Lispector, entre outros que são expressões faciais tão significativas, que revelam a importância da execução de atividades artísticas e de sensibilidade na saúde mental”, disse Ana Estela.
Preparatório para o encontro nacional, que será realizado em junho na cidade de Jundiaí, (Interior de São Paulo), o I Encontro Municipal de CAPS Infantojuvenil, coordenado pelo Projeto Rede Sampa – Saúde Mental Paulistana -, apresenta ações desenvolvidas para o desenvolvimento saudável de crianças e jovens de até 18 anos, com distúrbios mentais, psicoses, autismo, alterações de comportamento e uso de substâncias psicoativas.
Para Tykanori, a participação em encontros entre profissionais da saúde, assistência social e ativistas é propícia para ampliar o conhecimento sobre o assunto e fortalece a rede. “Pessoas reais conectadas a pessoas reais proporcionam a realização de debates profícuos, e é importante alimentar o hábito de se juntar, construir e debater a rede”, disse.
Políticas Integradas
Luciana Temer participou do Encontro e lembrou o Programa De Braços Abertos, iniciado em 2014 como prática integrada entre as secretarias da Saúde, Assistência e Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Cidadania em intervenção para redução de danos de dependentes químicos. “A grande marca da gestão é a prática de políticas integradas. Então, os mesmos jovens atendidos no CAPS também recebem acolhimento na secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, e essa rede de gestão articulada deve ser ampliada”, disse.
A Rede de Atenção Psicossocial do município oferece assistência em 82 CAPS, sendo 26 Infantil, 23 Álcool e Drogras, e 26 Centros de Convivência e Cooperativa (CECCOS). Para ampliar o atendimento em emergências, os hospitais gerais em fase de obras (Brasilândia e Parelheiros) incluem no projeto leitos de saúde mental.
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