Secretaria Municipal da Saúde
Região Sudeste recebe Prêmio InovaSUS
Por Rosângela Rosendo
A Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste (CRS Sudeste) foi destaque no Prêmio InovaSUS 2015 – Gestão da Educação na Saúde. O projeto “Organização Regional para Acolhimento, Acesso e Responsabilização na Atenção Básica” garantiu à coordenadoria o 3º lugar da região Sudeste do Brasil, na modalidade Um da premiação – Educação permanente em saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). O resultado estimula o desenvolvimento de novos trabalhos. A CRS Sudeste receberá prêmio R$ 90 mil.
Iniciativa da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o InovaSUS 2015 visa reconhecer, incentivar e premiar projetos e experiências inovadoras na Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde no âmbito do SUS em território nacional.
Segundo Karina Calife, Coordenadora Regional de Saúde Sudeste, o projeto da região abrange um intenso processo de trabalho na atenção básica nos territórios das Supervisões Técnicas de Saúde (Ipiranga, Penha, Vila Mariana/Jabaquara, Vila Prudente/Sapopemba, e Aricanduva/Mooca), que articula rodas de conversa e encontros entre trabalhadores, supervisores, gestores e usuários.
Critérios
O trabalho foi submetido a criteriosa avaliação com base em inovação, colaboração, aplicabilidade, humanização, caráter educativo, participação do trabalhador, promoção da equidade nas dimensões de gênero e acessibilidade, sustentabilidade, articulação com as necessidades de saúde do território e/ou necessidades dos trabalhadores do SUS e participação dos usuários.
“O projeto inscrito no InovaSUS é uma compilação de ações e intervenções já promovidas na região há pelo menos três anos, como o Projeto Entra na Roda, o Fórum de Redes. Envolveu também a realização da Oficina de Acesso, Acolhimento e Responsabilização na Atenção Básica (2015), do Encontro A Produção do Cuidado na Perspectiva do Bem Comum (2013), entre outras iniciativas”, destaca Karina Calife.
O objetivo central do projeto é garantir maior acesso e integralidade nos processos de cuidado, diminuir a perda primária, melhorar a produção nas unidades e garantir acolhimento ao usuário. “Tudo isso partindo da ideia de como nos tornarmos unidades mais do “sim”, com o uso da nossa força real de trabalho e oferta de serviço mais eficaz ao usuário. A partir dessa estratégia conseguimos melhorar a taxa de produtividade na região de 35% para 70%”, afirma a responsável da CRS Sudeste.
Comprometimento integral
O projeto “Organização Regional para Acolhimento, Acesso e Responsabilização na Atenção Básica” começou a ganhar forma em junho de 2015, por meio de discussões, reflexões e trocas de ideias sobre a rede básica de saúde nos territórios. Isso garantiu o levantamento de dados referentes à oferta total de vagas, perda primária, absenteísmo, responsabilização pelo cuidado em saúde e produtividade. “É um trabalho que investe na descentralização do cuidado à saúde, de modo que as pessoas envolvidas se empoderem e se sintam pertencentes ao processo”, diz Karina.
A partir daí, cada unidade elaborou um projeto de intervenção para reorganizar e melhorar seu fluxo de trabalho, com intensa articulação com as Diretrizes para Reorganização da Atenção Básica para SUS do município, com o Entra na Roda, com o Jovem SUS e outras estratégias que ajudaram a potencializar os desafios de cada uma.
“Estamos muito felizes com a premiação do InovaSUS, que reconhece experiências importantes em todo país na gestão do SUS. Mas, sobretudo, para a região sinalizou o imenso comprometimento de trabalhadores, médicos, enfermeiros, da recepção, da vigilância, da limpeza e de outras áreas, nesse movimento de debate e construção de projetos de intervenção e reorganização dos processos de trabalho nas unidades”, afirma a coordenadora.
Participação nacional
Por meio de dois editais, o InovaSUS 2015 garantiu ainda reconhecimento de projetos de todo o Brasil na Modalidade Dois (Integração Ensino-Serviço) e experiências e trabalhos sobre Gestão do Trabalho na Saúde. Apresentaram projetos as Secretarias de Saúde dos Estados, municípios, e do Distrito Federal, consórcios públicos municipais, fundações públicas municipais e estaduais de saúde no âmbito do SUS, e instituições de ensino públicas e privadas, sem fins lucrativos, que tenham curso de graduação em Medicina. No total foram premiados 62 projetos e experiências com prêmios de valores entre R$ 60 mil e R$ 300 mil.
HAND TALK
Clique neste componente para ter acesso as configurações do plugin Hand Talk