Secretaria Municipal da Saúde

Sexta-feira, 13 de Maio de 2016 | Horário: 20:06
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Casos graves de gripe registram queda nas notificações

Registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) caíram de 691 casos na 14ª semana para 413 na 16ª. Atendimentos em unidades de saúde de urgência e emergência vem caindo e cobertura vacinal chegou a 99,3%

 De acordo com dados da Secretaria Municipal da Saúde, o registros de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) vem caindo na cidade de São Paulo nas últimas semanas. A Capital registrou 413 casos na 16ª semana epidemiológica deste ano contra 691 na 14ª. Outra queda foi no número de atendimentos nas unidades municipais de urgência e emergência, o que inclui quadros gripais graves, na comparação com o mesmo período. Foram 228.734 atendimentos contra 262.144 atendimentos. Segundo a secretaria, a redução de casos é fruto do acesso racional ao medicamento Oseltamivir e da abrangência da campanha de vacinação, que foi antecipada na cidade e superou a meta de pessoas imunizadas.

Os números confirmam que houve antecipação da circulação do vírus em São Paulo em comparação com outros anos. Desde o início de 2016 até o último dia 10, foram registrados 3.182 casos de SRAG na cidade, com 167 óbitos. Do total de casos, 509 são de Influenza A H1N1 com 69 mortes.


A redução de casos de SRAG também se reflete na queda de atendimentos realizados em unidades de saúde de São Paulo. Os atendimentos feitos por unidades de saúde caíram de 262.144 na 14ª semana epidemiológica para 218.622 na 17ª semana epidemiológica. Na 18ª semana, foram 208.105 atendimentos. A queda acontece consecutivamente desde a 13ª semana, quando foram registrados 274.292 atendimentos. Também foi registrado queda no consumo do medicamento Oseltamivir. Foram 16.354 cápsulas de 75mg dispensadas nos primeiros 10 dias de maio contra 327.429 durante todo o mês de abril.


Atualmente, a rede municipal conta com 453 UBSs, 100 AMAs 12 horas, 19 AMAs 24 horas, 18 hospitais municipais, 16 prontos atendimento e socorro, além de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas. O paulistano pode se informar sobre a localização desses equipamentos público por meio do aplicativo Busca Saúde.


Medicamento

Por conta do aumento indiscriminado da procura, a distribuição do Oseltamivir ganhou novas regras para garantir que não haja uso desnecessário e que todos os que precisam tenham garantia do medicamento. A receita deve estar com letra legível e constar o número CID da enfermidade que justifique o uso do medicamento. As receitas de oseltamivir têm validade de cinco dias após sua emissão.


O medicamento é dado ao paciente mesmo quando a receita trouxer concentração menor que 75mg, sendo o paciente orientado quanto à diluição. Também passaram a ser aceitas prescrições com nome comercial do medicamento - Tamiflu. As ações já garantiram o uso mais seguro do medicamento e maior eficiência na prescrição correta do Oseltamivir.

A rede municipal conta com o medicamento em estoque: São mais de 271 mil capsulas na versão 30 mg; 197 mil na versão 45 mg; e 361 mil na versão 75 mg. O cidadão pode conferir qual a unidade mais próxima de sua casa pelo aplicativo Aqui Tem Remédio.

Vacinação


Desde abril, com o início da campanha de vacinação contra a gripe, antecipada na cidade de São Paulo e Região Metropolitana, foram aplicadas 3.122.222 doses na cidade de São Paulo. A cobertura vacinal do público-alvo da campanha atingiu 99,3% do público preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A meta para a campanha deste ano era vacinar 80% do público-alvo, formado por crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos de idade, gestantes, mulheres que deram a luz há menos de 45 dias, indígenas, idosos e profissionais da saúde. Em 2015, a cobertura vacinal foi de 81,72% desse público-alvo.

Neste ano, foram aplicadas 1.368.447 doses em idosos da cidade, com cobertura de 100% desta população. Entre os indígenas, a cobertura também foi integral, com 1.951 doses. Entre as crianças, a cobertura chegou a 88,2% e com as puérperas, 84,2%. A menor abrangência aconteceu entre as gestantes, com 69,1% imunizadas. A Prefeitura ainda aplicou 545.689 doses em pessoas com doenças crônicas.

Para se ter uma ideia da importância da imunização, das 69 mortes por H1N1, 58 delas, ou seja, 84% tinham presença de fatores de risco. Apenas oito das vítimas estavam vacinadas e 28 não se imunizaram – 33 casos estão em investigação. A campanha seguirá até o dia 20 de maio, com foco nas crianças que receberam pela primeira vez - devem tomar a 2ª dose, além das gestantes e pacientes com doenças crônicas.

 

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