Secretaria Municipal da Saúde
Saúde inicia celebrações do Dia Nacional da Luta Antimanicomial
Apresentação do grupo Meu Bloco na Rua
Por Keyla Santos
Fotos: Edson Hatakeyama
Em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial (18 de maio) - marco na política de saúde mental no Sistema Único de Saúde (SUS) -, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) organizou diversas atividades. Elas tiveram início no dia 10 e prosseguem até 27 de maio em todas as regiões da cidade. Nesta quarta-feira (18), Alexandre Padilha, secretário municipal da Saúde, participou da abertura do evento da Luta Antimanicomial realizado pelo Centro de Convivência e Cooperativa (CECCO) Freguesia do Ó, na Casa de Cultura Freguesia do Ó (zona Norte). O objetivo das atividades é reforçar, humanizar e dar caráter inclusivo ao tratamento e atendimento às pessoas que sofrem de transtornos psíquicos.
De acordo com a gerente do CECCO Márcia Flora, esse tipo de evento é importante para enfatizar a importância da inclusão. “Ele ajuda na descontração que tem que estar presente na luta antimanicomial. A gente quer uma sociedade sem manicômios. Por isso, a gente precisa fazer isso com alegria, tirar o peso do que é esse dia”, disse a gerente.
Dança Circular
A manhã foi animada na Casa de Cultura Freguesia do Ó. Houve apresentação do grupo Meu Bloco Na Rua, Dança Circular, Dança Sênior, Roda de Conversa, apresentação da oficina de expressão corporal, exibição de filme, apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos usuários e painel interativo, entre outras atividades.
Padilha destacou a importância de celebrar a data. “O Dia da Luta Antimanicomial tem motivo: celebrar a diferença, o que conquistamos; celebrar essa luta permanente de cada um de nós para que as pessoas que têm algum tipo de alteração ou transtorno mental sejam respeitadas”, disse.
Já o coordenador da área técnica de Saúde Mental da SMS Roberto Tykanori, destacou a força da rede de saúde mental do município. “As atividades que serão realizadas até o fim do mês demonstram a força dos trabalhadores, dos usuários, dos familiares que se articulam e lutam por um dia a dia mais digno, mais pleno de direitos. É importante para o país que São Paulo se mostre como uma cidade cuja rede de atenção psicossocial seja forte. Ela ainda precisa crescer bastante, mas a que já existe é potente e carrega a marca histórica da reforma”, afirmou o coordenador.
Oficina de expressão corporal
Dia Nacional da Luta Antimanicomial
Por conta da celebração do Dia Nacional da Luta Antimanicomial, a Rede Municipal preparou uma programação especial. Ela ocorrerá entre os dias 10 e 27 de maio, em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centros de Convivência e Cooperativa (CECCO). As atividades foram elaboradas com base no enaltecimento do direito à saúde mental e reflexões sobre a importância da reforma psiquiátrica. Haverá exibições de filmes, Rodas de Conversa, palestras e atos sobre o tema no contexto passado e atual da sociedade.
Modelo comunitário de cuidado
Instaurado no ano de 1987, junto com a criação constitucional do SUS, o Movimento da Luta Antimanicomial propõe o tratamento em liberdade para o sofrimento mental. Para tanto, desenvolve o trabalho de substituição de um modelo asilar de exclusão, centrado nos hospitais psiquiátricos, por um modelo comunitário de cuidado por meio da construção da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
Além dos CAPS e os CECCOS, outros pontos de atenção da RAPS do município, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os Serviços de Residência Terapêutica (SRT) também são referências de atendimento nos territórios para saúde mental.
A Política Municipal de Saúde Mental é orientada pelas diretrizes da Reforma Psiquiátrica e da lei nº 10.216, que aponta para a superação do modelo asilar e a garantia dos direitos de cidadania da pessoa com transtornos mentais.
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