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Liderança em saúde é tema de capacitação realizada pela CRS Sul

Texto e foto por Felipe Aires

Segundo muitos estudiosos, a liderança pode ser trabalhada por qualquer pessoa disposta a ser um líder. Há os líderes natos, que já nascem com características fortes de liderança, mas há também aqueles que possuem certa dificuldade em liderar e precisam trabalhar essa habilidade. Quando o assunto é ser líder, determinados requisitos são fundamentais, tais como: comunicação, gestão de pessoas, delegar funções, ouvir e ser ouvido, valores, princípios e outros.

Visando qualificar seus profissionais e oferecer-lhes ferramentas para o desenvolvimento da liderança, a Coordenadoria Regional de Saúde Sul (CRS Sul), em parceria com a Faculdade de Enfermagem Albert Einstein, promoveu o Curso de Liderança em Saúde. A capacitação aconteceu na Faculdade de Enfermagem Albert Einstein nos dias 17 e 19 de maio, sempre pela manhã, e reuniu profissionais das Supervisões Técnicas de Saúde (STS) da região, das Organizações Sociais (OSS) e Parceiros, além dos profissionais da própria CRS Sul.

Uma das organizadoras do evento e interlocutora de Desenvolvimento da Supervisão Técnica de Saúde de Campo Limpo, Vilma Bonifácio Klein, contou que a ideia do encontro se deu a partir de sugestões dos próprios profissionais. “Procuramos sempre solicitar ideias novas para qualificar nossos profissionais. A liderança é um tema sempre recorrente e muito importante na nossa área, pois trabalhamos com pessoas o tempo todo. Por estarmos sempre oferecendo nosso trabalho à população através de outros profissionais, é importante que a gente saiba delegar funções, se relacionar e enxergar os profissionais de uma maneira mais ampla”.

Conteúdo do curso

O curso abordou dois temais atuais: “Gestão de Pessoas” e “Os Desafios da Comunicação”. As docentes da própria Faculdade de Enfermagem Albert Einstein, Elisa Helena Gontijo Espolaore e Regiane Martins Porfirio, respectivamente, ministraram as aulas.

“Para gerir pessoas, o líder necessita de princípios e valores internos que o conduzem a fazer uma gestão. O fator humano faz toda a diferença e liderar não é uma tarefa das mais simples, pelo contrário, liderança exige paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso. Existem várias teorias de liderança e hoje as apresentei aos alunos para que pudessem ver que um mesmo líder é capaz de ter características distintas de diversas teorias”, disse Elisa Helena.

Importância da comunicação

Vários são os domínios da liderança e, para se desenvolver um líder eficaz, a comunicação por ele usada necessita ser bem trabalhada, sempre levando em consideração que o profissional da saúde apresenta como base as relações humanas. “A comunicação é um desafio, sem dúvidas. Saber o que falar, como falar, quando e quanto falar, e entender quem é o interlocutor. Tudo isso interfere diretamente no processo de fornecimento ou troca de informações, ideias e sentimentos por meio da palavra escrita ou oral, sinais e gestos. Um bom líder, especialmente na saúde, é aquele que desenvolve-se bem nas relações humanas e possui bastante inteligência interpessoal, isto é, quando é capaz de dar a cada um aquilo que necessita e saber reconhecer as emoções”, disse Regiane.

Os alunos participaram de algumas atividades para estimularem a confiança, os sentidos e a percepção. “Os resultados são curiosos, pois as mesmas pessoas, fazendo as mesmas atividades, são capazes de terem reações e entendimentos completamente diferentes. O líder da saúde é capaz de lidar com diferentes pessoas e, ainda assim, saber enxergar as necessidades de cada uma delas, e entender que não existe receita de bolo em uma relação interpessoal”, finalizou Regiane.