Secretaria Municipal da Saúde

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Quarta-feira, 8 de Junho de 2016 | Horário: 17:28
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Hospitais municipais são reconhecidos por humanização e acolhimento diferenciado na Atenção Materna Neonatal

Maternidades reconhecidas participam do Programa Parto Seguro também é Rede Cegonha, que teve início em 2011 com o objetivo de atender 13 mil mulheres por ano. Em 2015, foram registrados 20 mil atendimentos

Foto: Edson Hatakeyama

 

Por Keyla Santos


Oito maternidades municipais que contam com o programa “Parto Seguro também é Rede Cegonha” receberam nesta quarta-feira (8), na sede do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam), a Certificação em Qualidade e Segurança na Atenção Materna Neonatal. A certificação é resultado da parceria entre Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Autarquia Hospitalar Municipal (AHM) e Cejam. Em 2015, o Programa realizou 20.067 partos e 177.290 consultas médicas.

O Hospital Municipal Tide Setúbal recebeu a certificação em 1º lugar, pois atendeu a todos os critérios e desempate com a menor taxa de cesárea, com 22%. Em segundo lugar ficou o Hospital Municipal Professor Alípio Correa Neto. As menções honrosas foram entregues aos hospitais municipais Hospital Municipal Dr. Ignácio Proença de Gouvêa, Hospital Municipal e Maternidade Prof. Mário Degni, Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha, Hospital Municipal Prof. Dr. Waldomiro de Paula e Hospital Municipal Dr. José Soares Hungria.

A secretária municipal de Saúde em exercício Célia Bortoletto apresentou dados da mortalidade infantil e neonatal no município de São Paulo. Falou ainda sobre a importância do conjunto de ações da secretaria que contribui para melhoria do atendimento e, consequentemente, reflete-se nos pré-natais realizados na cidade.

“O aumento de um milhão de consultas na Atenção Básica no ano de 2015 também reflete o melhor cuidado da Atenção Básica, consequentemente, um melhor pré- natal. São várias ações que, juntas, vão propiciar a redução da mortalidade infantil, que é um indicador muito importante para demonstrar a melhor qualidade de vida de um povo. A gente está trabalhando muito, se empenhando muito para que a cidade possa ser melhor, com mais qualidade de vida, com indicadores melhores. Estamos agora mostrando isso, agradecendo a parceria com o Cejam para o Parto Seguro que também é importante nesse conjunto de ações”, disse Célia.

Entre os fatores essenciais para a redução da taxa de mortalidade infantil estão a mudança na contratação das Organizações Sociais de Saúde (OSS), que agora são obrigadas a manter uma equipe mínima de profissionais em cada unidade; a abertura de dois concursos públicos para o setor, com a criação de um plano de carreira para esses profissionais; a chegada de 244 profissionais do Programa Mais Médicos e o aumento em 13% (de 7.629.612 em 2012, para 8.627.064 em 2015) no número de consultas de atenção básica, com a redução no tempo de espera para consultas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de 33 para 24 dias.

Parto Seguro também é Rede Cegonha

 Foto: Cejam

 

O programa Parto Seguro também é Rede Cegonha teve início em 2011. Ele visa a prestação de assistência humanizada, diferenciada e acolhedora, em todas as fases do atendimento à mãe paulistana. Compreende ações desenvolvidas no acolhimento com classificação de risco, admissão obstétrica, pré-parto, parto, unidade de terapia intensiva neonatal e puerpério, em oito hospitais da rede municipal de saúde de São Paulo.

De acordo com a coordenadora geral do Programa Parto Seguro também é Rede Cegonha Anatalia Lopes de Oliveira Basile, o programa foi criado para atender 13 mil mulheres por ano. Em 2015, foram 20 mil atendimentos por ano. Ainda segundo Anatalia, o trabalho junto à SMS e a AHM tem contribuído para a redução das cesáreas desnecessárias. “Isso culmina com o que o secretário municipal da Saúde Alexandre Padilha vem dizendo, que a mortalidade neonatal está diminuindo graças a todo esse esforço conjunto do Cejam, Autarquia e Secretaria”, afirmou a coordenadora.

Para o coordenador da Saúde da Mulher (SMS) Adalberto Aguemi o foco principal do Parto Seguro são as ações de humanização do nascimento. “Hoje em dia, a gente precisa mudar o modelo de assistência obstétrica à mulher e ao recém-nascido e, realmente, existe uma prioridade em termos de ações do programa Parto Seguro na qualificação desse tipo de cuidado, como reduzir as taxas de cesariana, reduzir as intervenções desnecessárias mesmo no parto normal, estimular a presença do acompanhante durante o trabalho de parto e nascimento, promover o contato assim que o bebê nasce, reduzir as intervenções no recém-nascido, entre outros. É um leque de ações que qualifica a nossa assistência e faz com que a gente não tenha um modelo tecnicista e medicalizante para a gestante e para o bebê”, argumentou Aguemi.

O objetivo é um atendimento a gestante e ao recém-nascido humanizado, seguro e resolutivo, com propósito final de reduzir a morbimortalidade materna, perinatal e acolher bem. Os hospitais que participam do programa são o Hospital Municipal Dr. Ignácio Proença de Gouvêa, Hospital Municipal Professor Alípio Correa Neto, Hospital Municipal Tide Setúbal, Hospital Professor Dr. Waldomiro de Paula, Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha – Dr. Mario de Moraes Altenfelder Silva (desde julho de 2015), Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha, Hospital Municipal Professor Mário Degni, Hospital Dr. José Soares Hungria e o Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya (até fevereiro de 2016).

De acordo com Aguemi, o evento de Certificação em Qualidade e Segurança na Atenção Materna Neonatal é importante, pois premia os hospitais que tiveram melhor taxa de seus indicadores. “É uma ação importante, positiva e construtiva no sentido de valorizar quem tem um empenho grande nesses indicadores”, afirmou.

Queda da mortalidade infantil

Dados consolidados e divulgados em maio deste ano indicam que os números de mortalidade –10,72 por mil nascidos vivos– caíram 15% em 2015, na comparação com 2007, quando o índice foi de 12,57 por mil nascidos vivos na Capital. Nos últimos três anos a queda da mortalidade infantil é 1,5 vez maior do que no período 2009-2012.

As regiões periféricas da cidade registraram os maiores índices de melhora: em 2007, a taxa de mortalidade infantil na zona leste estava em 13,60 por mil nascidos vivos. Já em 2015, passou para 11,69 por nascidos vivos – uma redução de 14%. Na zona sul, a taxa caiu 23,3%: de 13,84 em 2007 para 10,61 no ano passado.

As três supervisões de Saúde que registraram a maior queda entre 2007 e 2014 foram: Itaim Paulista (de 15,4 em 2007 para 13,7 em 2014), Capela do Socorro (de 17 em 2007 para 10,6 em 2014) e Santo Amaro/Cidade Ademar (11,6 em 2007 para 8,7 em 2014). Os dados de 2015 por supervisão regional estão em fase final de consolidação.

 

 

 

 

 

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