Secretaria Municipal da Saúde
Mutirão de limpeza do riacho do Sapé é sucesso no Rio Pequeno
Mutirão de limpeza ocorreu em comemoração ao Dia Internacional do Meio Ambiente
Por Karina Mendes
O riacho do Sapé, que deu nome a uma comunidade carente do Rio Pequeno - na zona Oeste da capital -, é motivo de orgulho para os moradores do bairro. O Sapé é um caso raro para todo o município, pois há cerca de dois anos não passava de um canal de esgoto da região. Após a Sabesp, com o projeto “Córrego Limpo”, requalificar o rio em 2014, ele passou a ter águas limpas e cristalinas.
Desde então, a população do bairro junto à Micro Rede do Sapé, formada pela Unidade Básica de Saúde (UBS) Malta Cardoso, a SOS Mata Atlântica e outros órgãos públicos, vem buscando cuidar e preservar as águas do riacho. Mensalmente, ideias são discutidas para a melhoria do Sapé e amostras da água são recolhidas para o acompanhamento de sua qualidade.
Na quinta-feira (02/06), como forma de comemoração ao Dia Internacional do Meio Ambiente, a Micro Rede atendeu ao pedido dos moradores do Sapé e promoveu um mutirão de limpeza no riacho, que apesar de estar limpo, ainda sofre com a falta de conscientização de pessoas que descartam seus resíduos no local.
O Dia Internacional do Meio Ambiente é comemorado todo dia 5 de junho. A celebração surgiu após uma conferência das Nações Unidas neste mesmo dia, em 1972. A conferência teve como pauta o meio ambiente, discutiu mudanças no modo de ver e tratar as questões ambientais e instaurou princípios para orientar a política ambiental em todo o planeta.
“Falta sensibilidade das pessoas para perceber que o menor lixinho que esteja no local errado é um grande desafio para nossa saúde e bem-estar. O lixo em rios e esgotos são causadores de doenças e mortes. Muitas vezes, acabamos sendo vítimas de nossos atos insensíveis”, relatou o educador ambiental do projeto “Observando Rios”, da SOS Mata Atlântica, Cesar Pegoraro.
O mutirão foi um verdadeiro sucesso e contou com a presença da população, da Micro Rede, de técnicos das secretarias da Habitação e da Saúde, da Subprefeitura do Butantã, da Sabesp, entre outros. Juntos, coletaram desde madeiras, garrafas e roupas até mesmo uma bicicleta de dentro do leito do riacho. Ao todo, diversos caminhões saíram do local com suas caçambas cheias.
“Esse mutirão foi um chamado para uma nova condição ambiental na comunidade e na região. Ele foi um marco, um diálogo com a cidade sobre novas situações em que podemos viver. A sujeira e o lixo não combinam com nosso local de moradia, trabalho ou lazer. Se todos sabem que rios limpos são bons, que lazer é importante, que saúde é fundamental, por que não praticamos isso todos os dias? É mais do que sentir ou falar, é fazer”, afirmou Pegoraro.
A SOS Mata Atlântica recolheu uma amostra da água durante o mutirão e o resultado foi positivo. A condição do Sapé está regular, faltando apenas um ponto para chegar em boa qualidade.
“É preciso que exemplos de políticas públicas como este estejam mais presentes na cidade e na vontade dos cidadãos. Podemos viver em outro ambiente, com mais qualidade de vida, saúde e cidadania, depende apenas de fazer esta escolha e se engajar por ela”, relatou o educador ambiental.
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