Secretaria Municipal da Saúde
Região Sudeste apresenta avanços na saúde
Por Keyla Santos
Ocorreu nesta segunda-feira (1º), no Brás, a reunião de trabalho da Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Sudeste intitulada “Fortalecendo a Atenção Básica”. Foi o sexto e último encontro da série. As demais ocorreram na penúltima semana de julho. O objetivo dessas ações foi prestar contas do trabalho desenvolvido em cada região, apresentar os indicadores, escutar e responder demandas dos profissionais que atuam nas unidades e homenagear os agentes comunitários de saúde (ACS) - peças importantes para a conquista de metas como a redução da mortalidade infantil e o aumento da resolutividade de casos das unidades básicas de saúde (UBS). Três trabalhos do desafio “Mais Saúde na Cidade” foram apresentados. Participaram do evento supervisores técnicos de saúde, parceiros e representantes do Conselho Participativo de Saúde.
O secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, apresentou os dados da cidade e falou sobre a importância do trabalho dos ACS. Frisou ainda o fato de a região ser o berço do Movimento de Saúde e das primeiras equipes de Estratégia Saúde da Família na cidade. “A região Sudeste tem muita história de luta pela saúde. Os ACS estão presentes o tempo todo, ao longo de toda uma história de luta da construção do Sistema Único de Saúde [SUS] em São Paulo. O trabalho deles, sobretudo em relação à mortalidade infantil, surtiu um efeito muito importante. Pela primeira vez, essa região chega a um digito nos índices de mortalidade infantil, menos do que 10%, que era uma meta buscada pelas cidades de situação econômica mais desenvolvida, pelos países desenvolvidos e foi possível alcançar isso na região Sudeste, que enfrenta tantas dificuldades, tantas vulnerabilidades”, disse Padilha.
Em sua apresentação, o secretário destacou a redução da mortalidade infantil na cidade e a marca de um digito na região Sudeste; a oferta de 1,8 milhão de vagas a mais/ano na Atenção Básica; o aumento da cobertura das equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), alcançando 60% das famílias paulistanas atendidas pelo SUS; a queda de 58% no déficit de médicos nas unidades com os profissionais do Mais Médicos, entre outros temas.
Já a coordenadora regional de Saúde da CRS Sudeste, Karina Barros Calife Batista, falou sobre os dados da região, com destaque para o prêmio Inova SUS; a unificação de 22 AMA/UBS com o objetivo de integrar os serviços e melhorar o atendimento; a importância dos 58 profissionais Mais Médicos que atuam na região; e as unidades dos Hospitais Dia da Rede Hora Certa que desafogam os leitos dos hospitais gerais e ajudam a reduzir a fila de cirurgias de baixa e média complexidade. “A gente tem muitos avanços aqui na região Sudeste e conseguiu ter novos serviços. Temos quatro Hospitais Dia (dois já entregues e dois que serão entregues em setembro), quatro unidades novas em construção, além de várias reformas, algumas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), um hospital novo e a reorganização do processo de trabalho na Atenção Básica que rendeu um prêmio do Ministério da Saúde, o Inova SUS. É importante a gente poder trocar, poder ouvir e saber o que as pessoas têm para dizer”, afirmou Karina.
“Eu trabalho com amor e carinho e minhas colegas também”
Suzette Ilda Mendes, de 52 anos, é ACS há 13 anos. Ela atua na UBS Belenzinho, da Supervisão Técnica de Saúde (STS) Mooca/Aricanduva e disse amar o que faz. “Nosso trabalho é levar orientações de saúde para toda a família. Verificamos as cadernetas de vacinação, acompanhamos gestantes e orientamos sobre a importância do pré-natal. A gente faz todo um trabalho com amor e carinho. Eu trabalho com amor e carinho e minhas colegas também. Por isso, esse tipo de encontro é muito bom, pois é possível ficar por dentro do que está acontecendo na cidade, dos serviços prestados para a população. A gente pode transmitir para os pacientes as melhorias que estão sendo realizadas para o melhor atendimento da população. Eu gosto do que faço, por isso, fico atenta a tudo”, disse Suzette.
Desafio Mais Saúde na Cidade
Na parte final da reunião foram apresentados três trabalhos do desafio “Mais Saúde na Cidade”. Eles se originaram de uma mostra de experiências da Atenção Básica realizada em abril. Na ocasião, mais de 400 trabalhos elaborados em UBS de toda a Capital foram exibidos publicamente no Anhembi.
Entre os três trabalhos da região Sudeste estão o da UBS Jardim Seckler, da STS Ipiranga, intitulado “Cuidado ao idoso acamado: acesso à UBS e à rede”. A unidade conta 60 idosos acamados que recebem um atendimento especial da equipe da unidade.
A UBS Belenzinho, por ter um grande número de pacientes imigrantes e por sentir a necessidade de estreitar a relação, desenvolveu o projeto “Futebol da Saúde”, que incluiu os pacientes e suas famílias. Foram formados times masculinos, femininos e infantis. O torneio e a premiação ocorreram no fim de semana dos dias 23 e 24 de julho e contou até com entrega de medalhas.
Já a UBS Jardim São Francisco apresentou o projeto “Quebrando tabus e aproximando as nações”, apresentado pelo imigrante angolano Geraldo, que destacou a importância da integração entre nações.
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