Secretaria Municipal da Saúde
Saúde realiza atividades de conscientização sobre hepatites virais
Por Keyla Santos
Em 28 de julho é lembrado o Dia Mundial de Luta Contra Hepatites Virais. De acordo com dados do World Hepatitis Alliance e da Organização Mundial da Saúde (OMS), as hepatites virais causam 80% dos casos de câncer de fígado. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realiza, nesta semana, palestras e capacitações, entre outras atividades, em suas unidades de saúde. A hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas, que nem sempre apresentam sintomas mas, quando aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Em todo o mundo há 500 milhões de pessoas contaminadas pelas hepatites B e C. Em São Paulo, são notificados anualmente, em média, quatro mil casos de hepatite C e sete mil casos de hepatite B. Em 2015, foram aplicadas 172.988 vacinas contra a hepatite B em crianças menores de um ano, o que representa uma cobertura vacinal de 98,09%. O total de doses aplicadas em todas as faixas etárias no último ano é de 842.574.
Ao longo desta semana estão sendo realizadas diversas atividades relacionadas às hepatites nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade, como palestras sobre a doença, com ênfase para o diagnóstico e prevenção. Há também capacitação para os médicos dos serviços de atendimento de hepatites para o acompanhamento dos portadores de hepatite e cirrose, pelo serviço de Gastro Clínica do Hospital das Clínicas. Na última segunda-feira (25) houve realização de teste rápido junto com o Programa Estadual de Hepatites e Sociedade Brasileira de Infectologia, na Casa das Rosas (avenida Paulista).
A doença em números
No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), há aproximadamente três milhões de brasileiros contaminados. Entre 2000 e 2010, foram registradas 37 mil mortes em decorrência da doença. A hepatite C é a que mais mata e causa 70% desses óbitos. Apesar da alta taxa de mortalidade, quando diagnosticada e tratada, mais de 90% dos casos da hepatite C têm cura.
De acordo com a coordenadora do Programa de Hepatites Virais do Centro de Controle de Doenças (CCD), da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), da SMS, Celia Regina Cicolo da Silva, as hepatites B e C são doenças silenciosas, pois a maioria das pessoas infectadas não apresenta sintomas.
“A icterícia - que é a cor amarelada da pele e dos olhos -, aparece em menos de 30% das pessoas na fase aguda da doença. Uma parte importante desses doentes não ficará curada, evoluindo para doença crônica que também não apresenta sintomas. Assim, poderão evoluir para cirrose ou câncer de fígado, sem saber que estão doentes e também transmitem a doença para outras pessoas”, explicou Celia.
Previna-se!
A Covisa dá algumas dicas para evitar a contaminação:
• Não compartilhe objetos de uso pessoal, como seringas e agulhas, escova de dente, lâminas e alicates.
• Use material descartável para colocação de piercing e realização de tatuagens.
• Certifique-se de que os equipamentos cirúrgicos e odontológicos tenham sido esterilizados quando não puderem ser descartados.
• Use camisinha em todas as relações sexuais. Essa é uma medida muito importante contra a hepatite B.
• Faça o teste rápido para saber se tem hepatite.
• Vacine-se contra a hepatite B. Não existe vacina para a hepatite C.
Como transmite?
A transmissão ocorre por meio do contato com sangue contaminado ao compartilhar objetos como lâminas de barbear, agulhas, seringas e alicates; por contato sexual sem camisinha; e de mãe para filho.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue específicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Clique aqui e encontre o serviço mais próximo da sua casa.
Devem realizar os exames para diagnóstico de Hepatite B e C principalmente as pessoas que:
- Receberam transfusão de sangue ou derivados antes de 1993.
- Usam ou usaram drogas.
- Pessoas com 45 anos ou mais de idade.
- Pessoas que têm ou tiveram alguma Doença Sexualmente Transmissível (DST).
HAND TALK
Clique neste componente para ter acesso as configurações do plugin Hand Talk