Secretaria Municipal da Saúde
Deixe de fumar. Junte-se ao grupo
Por Raissa Martins e Talita Coutinho
Na segunda-feira (29 de agosto) é comemorado no Brasil o dia Nacional de Combate ao Fumo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que um terço da população mundial (cerca de 2 bilhões de pessoas) seja constituída por fumantes. Quem deseja parar de fumar tem no Ambulatório de Especialidades (AE) Freguesia do Ó – pertencente à Coordenadoria Regional de Saúde Norte (CRSN) – um bom local. Lá, os usuário participa de um grupo de tratamento do tabagismo para quem desejam parar de fumar. As reuniões ocorrem às terças-feiras, das 13h30 às 15h30.
Anualmente, cerca de 4,9 milhões de pessoas morrem devido ao tabagismo. O cigarro está relacionado a mais de 50 doenças. É responsável por 30% das mortes por câncer de boca, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença do coração, 85% das mortes por bronquite e enfisema e 25% das mortes por derrame cerebral.
Os grupos estão abertos a toda a população. Basta procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa. Após o acolhimento, a unidade encaminha o usuário para o grupo, que tem sessões estruturadas para apoiá-lo em sua luta para deixar o tabagismo. O usuário também passa por consulta médica para avaliar a necessidade ou não de receber medicação que auxilie no processo.
Os grupos são programados para receber dez participantes em 6 sessões. Nelas, há acompanhamento médico e psicológico. Caso você esteja em dúvida, saiba que parar de fumar antes dos 50 anos representa diminuição de 50% do risco de morte em função do tabagismo.
Malefícios
Segundo o psiquiatra Edmundo Claire Font, a dependência é provocada por uma droga psicoativa: a nicotina. “Ela estimula o sistema nervoso, provocando alteração no humor, na percepção, no estado emocional, comportamental e no aprendizado. E aí gera um comportamento compulsivo, porque a pessoa tem a necessidade intensa de fumar e o cigarro passa a ser o controlador do comportamento do indivíduo, que apenas sente-se aliviado ao fumar”, afirma Font.
A usuária Maria de Souza é testemunha dos benefícios do serviço. “Vou iniciar com o adesivo a semana que vem e espero conseguir diminuir bastante os cigarros até lá. O grupo tem me apoiado bastante a continuar com o tratamento”, afirma.
Segundo a assistente social Eliana Mariani, a vontade do fumante em largar o vício conta muito. “É importante que ele tenha desejo e motivação para parar de fumar, para vir ao grupo. Remédios são um apoio. O principal, é colocar em ação mudanças no comportamento, nos hábitos e na sua relação com o cigarro”, afirma Eliana.
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