Secretaria Municipal da Saúde

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Segunda-feira, 29 de Agosto de 2016 | Horário: 15:42
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Casa Ângela eleva número de partos naturais em 53% após assinatura de convênio com a Prefeitura

Atendimentos nas casas de parto são 100% SUS e atendem gestantes acompanhadas no pré-natal da rede pública ou privada

Por Keyla Santos

Com o objetivo de humanizar o atendimento às mulheres gestantes na rede municipal de saúde do município de São Paulo, a Prefeitura implementou em 2014 a Rede Cegonha. Além do atendimento realizado nos estabelecimentos de saúde, há na cidade duas casas de parto. Uma, em Sapopemba (zona Leste); a outra, a Casa Ângela, localizada na zona Sul. Após assinatura com a Prefeitura de convênio que prevê repasse de até R$ 2 milhões por ano para a ampliação de 30 vagas de atendimento mensal, em novembro de 2015 a Casa Ângela aumentou o número de partos naturais acompanhados, de janeiro a julho de 2016, em 53% se comparados ao mesmo período de 2015. Manteve um máximo de 40 partos em julho com qualidade, humanização e segurança da assistência.

A casa de parto oferece atendimento a mulheres da rede básica de saúde e que desejam o parto natural, sem intervenção cirúrgica. A gestação deve ser de baixo risco, ou seja, gestação única, apresentação cefálica, exames de pré-natal com resultados normais; ausência de parto cesárea anterior, ausência de doenças prévias ou gestacionais como diabetes e hipertensão, entre outros.

Nas casas de parto todo o atendimento obstétrico e pré-natal é feito integralmente por enfermeiras obstetras e obstetrizes. São profissionais com longa experiência na área e apoiadas por auxiliares de enfermagem. Os atendimentos são 100% SUS e atendem gestantes acompanhadas no pré-natal da Rede Pública ou Privada.

Mais atendimentos

Atualmente, a Casa Ângela atende 454 gestantes e mães inscritas no Programa de Acompanhamento (pré-natal, pós-parto e mães com bebês no primeiro ano de vida). Destas, 174 são gestantes e 280 mães com bebês com idade até 12 meses. De janeiro a julho de 2016 foram atendidas 873 mulheres, o que representa aumento de 33% se comparado ao mesmo período de 2015.

Nesse mesmo período foram admitidas no programa de acompanhamento 390 novas gestantes, o que representou aumento de 51% se comparado a 2015. Foram acompanhados 190 partos - aumento de 53% no mesmo período.

Cursos, oficinas e grupos

O sucesso trouxe aumento da demanda por cursos. Em relação aos cursos, oficinas e grupos de acolhimento oferecidos pela casa de parto, de acordo com a responsável pela Casa Ângela, Anke Reidel, da Associação Comunitária Monte Azul, foi necessário abrir mais um curso paralelo para gestantes e acompanhantes. A unidade teve ainda que dividir o curso “Meu Bebê” para atender a crescente demanda sem perder a qualidade. São oferecidos oito diferentes cursos e oficinas, totalizando 35 encontros em grupos por mês.

Os cursos são voltados a gestantes e acompanhantes e de puericultura. Já as oficinas são divididas em trabalho corporal para gestantes e mães, realizado por fisioterapeuta; de confecção de enxoval/artesanato; e de shantala/massagem para bebês. Os grupos são divididos em acolhimento, apoio ao aleitamento materno e de acupuntura.

Segundo Anke, a equipe da Casa Ângela, com apoio da Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Sul e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), desenvolveu ações de divulgação do parto humanizado junto às equipes de saúde de 12 Unidades Básicas de Saúde (UBS) com Estratégia Saúde da Família (ESF).

Obstetriz

Com o aumento da procura pelos serviços da casa de parto, houve a necessidade de aumentar seu quadro de funcionários. De acordo com Anke, foram contratadas uma obstetriz e uma técnica de enfermagem para auxiliar nos atendimentos.

No inicio de 2016, a Prefeitura criou a carreira de obstetriz na Rede Municipal, reforçando a importância desta categoria profissional na assistência ao parto. Esta profissional, formada em obstetrícia, atua nos Centros de Parto Normal dos Hospitais Municipais. Na gestão municipal 72% dos partos normais realizados em 2015 foram feitos pelas enfermeiras obstetras e obstetrizes, uma atuação fundamental para diminuir as taxas de cesárea e a redução de intervenções desnecessárias ao nascimento.

Rede Cegonha

As principais diretrizes desse programa são a atenção humanizada à saúde da mulher e do bebê, a redução da mortalidade infantil e materna, a redução dos altos índices de cesarianas e o incentivo à satisfação da experiência do parto.

Todas as maternidades sob gestão municipal seguem as diretrizes da Rede Cegonha para a realização do parto humanizado. Desde 2013, as maternidades municipais e conveniadas com a Secretaria passaram a realizar mais partos que as unidades sob gestão estadual, embora estas possuam número superior de estabelecimentos. Nestes três anos, o município realizou 163.155 mil partos ante 153.058 mil do Estado.

 

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