Secretaria Municipal da Saúde
Casos de leptospirose caem na capital
O número de casos de leptospirose - doença infecciosa causada principalmente pela urina de rato presente em águas de enchentes – caiu entre 2015 e 2016. Como forma de evitar a proliferação de roedores, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA), solicita que a população seja parceira da Prefeitura no combate aos roedores.
Segundo o Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo (CCZ-SP), em 2015 foram registrados 169 casos de leptospirose, com 26 óbitos. Já entre janeiro e agosto de 2016 - após o período mais chuvoso – os casos registrados não ultrapassaram 103, com 8 registros de óbitos.
Na prevenção e controle dessa doença, o Município de São Paulo trabalha com um programa educativo. “Visamos ao controle de roedores através da eliminação dos chamados quatro ‘As’ (acesso, alimento, água e abrigo)”, afirma bióloga do CCZ Lilian dos Santos Babolin. A Prefeitura também realiza o tratamento químico de córregos e bueiros nas áreas de risco, além dos atendimentos às denúncias. Todo trabalho é realizado rotineiramente pelos agentes de zoonoses das Supervisões de Vigilância em Saúde (SUVIS).
Lilian frisa ainda a importância de que a população seja parceira da Prefeitura no combate aos roedores: “Se a população tomar medidas simples, mas valiosas, juntos combateremos o problema com mais eficácia”. As principais medidas são:
• Guarde alimentos em recipientes fechados dentro dos armários.
• Retire a comida do seu animal de estimação durante a noite.
• Não deixe água disponível no quintal.
• Amarre bem o lixo e coloque-o momentos antes da coleta.
• Não jogue lixo em córregos, bueiros e terrenos baldios. Não acumule caixas de papelão.
• Feche bem frestas, ralos e telhados.
Conheça a doença
A leptospirose é uma doença infecciosa, que acomete o homem e animais, causada por uma bactéria chamada leptospira. Nas cidades os principais transmissores são os roedores urbanos (ratazana, rato de telhado e camundongo) que uma vez infectados eliminam a bactéria pela urina por toda a vida. As pessoas podem ficar doentes quando entram em contato com água ou lama contaminadas pela urina de roedores. A bactéria penetra pela pele, com ou sem ferimentos, e pelas mucosas (olhos, nariz, boca).
Em enchentes e inundações a urina dos ratos, presente em esgotos, bueiros, tocas e outros, mistura-se à água e à lama das enxurradas. Como, a bactéria eliminada junto com a urina dos ratos, necessita de umidade para sobreviver, encontra condições favoráveis na água, lama e solo úmido. Qualquer pessoa que tiver contato com a água de enchentes ou lama contaminada poderá se infectar.
Além desta forma, pessoas podem adoecer após terem contato com água de rios, córregos, onde por vezes caem acidentalmente, manipulando lixo, fossa, esgoto, nadando em represas, lagos e fazendo uma faxina onde haja ratos e sua urina. Assim, o risco de adquirir leptospirose pode ocorrer em situações de trabalho, na residência, no trajeto e em situações de lazer. A presença de pequenos ferimentos na pele facilita a penetração, que pode ocorrer também através da pele íntegra, quando o tempo de permanência na água contaminada for prolongado.
A pessoa que teve contato com a bactéria fica doente após 2 a 30 dias, sendo o tempo médio de 7 a 15 dias. Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, dores no corpo, principalmente na panturrilha (batata da perna), podendo também ocorrer icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas), insuficiência renal e hemorragias.
Socorro médico
Se a pessoa ficar doente alguns dias após entrar em contato com as águas de enchente ou esgoto, deve procurar, imediatamente, a o Serviço de Saúde mais próximo. É importante relatar ao médico o contato com a lama ou água de enchente ou outras situações de risco. Somente o médico será capaz de diagnosticar e tratar corretamente a doença. A cura da doença depende de diagnóstico e tratamento rápidos.
É importante evitar o contato com água ou lama de enchentes ou esgotos, bem como orientar que crianças não nadem ou brinquem nesses locais, que podem estar contaminados pela urina dos ratos.
Pessoas que trabalham na retirada da lama e entulho devem usar botas e luvas de borracha para evitar o contato da pele com água e lama contaminadas (se isso não for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés). Usar também um pano ou lenço limpo para cobrir a boca e o nariz.
Após as águas baixarem, será necessário retirar a lama e desinfetar o local (sempre se protegendo). Lave o chão, paredes e objetos caseiros, desinfetando com água sanitária na proporção de 400 ml ou duas xícaras de hipoclorito de sódio (2,5%) ou água sanitária para 20 litros de água, deixando agir por 30 minutos.
Reclamações
Denúncias e reclamações envolvendo presença de roedores devem ser feitas pelo Serviço de Atendimento ao Cidadão - SAC, diretamente pelo telefone 156 ou pelo portal da Prefeitura http://sac.prefeitura.sp.gov.br/. Neste caso, deve-se escolher o assunto “animais/ratos” e fazer o preenchimento conforme indicado.
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