Prefeitura de São Paulo

 Rosimeire recebe os medicamentos e tem acesso aos equipamentos auxiliares para seu tratamento

Texto e foto: Ana Azevedo

Moradora de uma área de difícil acesso na Cidade Tiradentes, na zona Leste, Rosimeire Sargo de Lima Almeida é usuária do Melhor em Casa, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por conta do programa, ela recebe todos os medicamentos e utiliza os equipamentos necessários para o tratamento de um enfisema. O número de atendimentos mensais da Atenção Domiciliar na região é de 6.537 pessoas. 

O território sob responsabilidade da Coordenadoria Regional de Saúde Leste (CRS Leste) possui 17 equipes de atendimento domiciliar. Uma delas atende Rosimeire, que era fumante inveterada. Após sucessivas crises de dispneia, foi constatado que ela tinha um enfisema bolhoso. Trata-se de uma doença que pode ser causada por exposição a poluentes, sistema imunológico fraco ou pelo uso contínuo do tabaco. “Fumava dois maços de cigarro por dia. Agora, parei”, diz a paciente.

Os problemas de saúde de Rosimeire são antigos. Há dez anos ela retirou 33% do pulmão direito devido à doença. Desde então, apresenta grande dificuldade respiratória. “Eu estava muito ruim. Aí, comecei a ficar internada todo mês, até que meu marido conversou com a assistente social do hospital e fui encaminhada para o Melhor em Casa”, afirma.

‘Eles são como uma família. A minha família’

Além do atendimento residencial da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD), uma vez por semana Rosimeire recebe todos os medicamentos e tem acesso aos equipamentos auxiliares para o seu tratamento, incluindo aparelho de oxigênio elétrico (concentrador de O2, que dispensa o abastecimento), além do cilindro de O2 grande para emergências e um cilindro portátil com carrinho, para sair do ambiente doméstico. Exames que dispensam o aparato hospitalar, como os laboratoriais, também são realizados pela equipe no domicílio.

Durante as consultas, são verificados os sinais vitais e realizados exercícios para auxiliar na diminuição da dispneia. Segundo Eliana Mendes, fisioterapeuta que atende a paciente, o quadro não apresentou alterações. “Estamos trabalhando para manter assim”, afirma.

Embora ainda não apresente condições para entrar na fila de transplante, Rosimeire está esperançosa sobre sua recuperação e satisfeita com o tratamento. “O Melhor em Casa é muito bom. Eu estava morrendo, com 45 quilos, não conseguia nem respirar. Ao começar o tratamento melhorei. O atendimento é ótimo. Eles são como uma família. A minha família”, afirma.

Modalidades

O Serviço de Atenção Domiciliar conta com duas modalidades de equipes. A EMAD reúne médico, enfermeiro, psicólogo, assistente social e fisioterapeuta. Já a Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP) é formada por três profissionais da área da saúde que podem ser: assistente social, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, dentista, psicólogo, farmacêutico e terapeuta ocupacional. A equipe é designada conforme o protocolo do Ministério da Saúde e as necessidades do paciente.