Secretaria Municipal da Saúde
Dia Nacional de Combate ao Glaucoma é um alerta para a importância do diagnóstico precoce como principal arma para evitar a cegueira
Texto/foto Taynara Carmo
26 de maio é dedicada ao Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, a doença é considerada a segunda maior causa de cegueira irreversível no mundo, que acomete cerca de 65 milhões de pessoas no Brasil, sendo responsável por 4,5 milhões de casos de perda total de visão no país.
A data busca conscientizar a população para a importância do diagnóstico precoce dessa doença considerada ‘silenciosa’ e alertar para a necessidade de visitar periodicamente o oftalmologista, pois em sua fase inicial o glaucoma (que não tem cura) pode ser tratado de forma eficaz. A elevação da pressão intraocular é a principal causa da doença, provocando lesões no nervo ótico e comprometimento visual. Existem vários tipos de glaucoma, sendo o de ângulo aberto (que em geral começa sem sintomas) o mais frequente, representando cerca de 80% dos casos.
Domingos Lima da Silva foi diagnosticado com glaucoma secundário (que ocorre como complicações de várias condições médicas, como cirurgia ocular, catarata avançada, lesões oculares, etc.) na Carreta do Doutor Saúde que está em Capela do Socorro. “A minha retina secou e virou glaucoma. A doutora me explicou porque eu não conhecia essa doença. Agora ela falou que temos de acompanhar para ver como fica meu caso”.
Por não sentir dor e desconhecer o assunto, Domingos teve catarata e perdeu a visão do olho esquerdo gradativamente, só vindo a se preocupar com sua saúde ocular quando foi encaminhado pela Unidade Básica de Saúde ao serviço especializado. Seu caso receberá acompanhamento para saber se ele pode voltar a enxergar com a cirurgia, mas Domingos lamenta: “Se eu soubesse que podia voltar a enxergar tinha vindo antes”.
Apaixonada pelo o que faz, Camila Martins está no SUS há seis anos.
A falta de conhecimento de Domingos reflete um problema muito comum na população, como conta a oftalmologista e especialista em glaucoma, Camila Martins: “O glaucoma de ângulo aberto não causa dor, então as pessoas que atendi e receberam esse diagnóstico não faziam ideia que tinham glaucoma”.
Tratamento
A doença não apresenta sintomas em sua fase inicial, e a perda de visão só ocorre em fase mais avançadas. De modo geral, o glaucoma aparece com mais frequência em pessoas a partir dos 40 anos.
Quando o glaucoma não está em um estágio avançado é possível fazer o tratamento utilizando colírios, oferecidos gratuitamente pela rede Municipal de Saúde, mas o paciente deve manter o tratamento regrado para não causar cegueira: “O glaucoma é uma doença que cega apenas se não for tratado. Os colírios ajudam a controlar a pressão do olho, não agravando o quadro”, adverte Camila.
Os casos mais complicados ou que não respondem ao tratamento medicamentoso podem ser tratados com cirurgia para controlar a pressão ocular e evitar a progressão da lesão do glaucoma.
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