Secretaria Municipal da Saúde
Residentes da Unidade de Acolhida Adulta (UAA) de Capela do Socorro aderem ao Implanon
Por Marie Serafim
O Implanon é um novo método contraceptivo que libera o hormônio progestina, protegendo as mulheres de uma gravidez precoce e/ou indesejada. Sua eficácia é superior a 99% e dura por até três anos. Trata-se de um bastonete pequeno e invisível que é inserido sob a pele do braço da usuária por um profissional da área da saúde.
“O benefício do Implanon é justamente a sua praticidade. Você coloca e esquece, pois não exige métodos periódicos como a ingestão diária de pílulas ou a aplicação de injeções mensalmente ou a cada três meses. Então, durante três anos, a pessoa não tem aquela preocupação de usar o método de novo”, diz Loreta Maria Cecato, ginecologista e interlocutora de Saúde da Mulher na Supervisão Técnica do Campo Limpo.
Além de ser um método contraceptivo, o Implanon também é indicado para o tratamento de miomas – pois ao suspender a menstrução, eles tendem a diminuir –, e para pacientes que sentem cólicas intensas.
Em Capela do Socorro, a Unidade de Acolhida Adulta (UAA) vem oferecendo o método às residentes, cuja maioria são mulheres em situação de alta vulnerabilidade social: em situação de rua; com transtornos mentais; usuárias de álcool e outras drogas; entre outros.
Para a coordenadora da UAA da Capela do Socorro, Roberta Naia Cessa Frederico, a importância desse contraceptivo é ajudar essas mulheres a não gerarem filhos sem respaldo familiar, que em geral acabam indo parar em abrigos ou em filas de adoção, repetindo, muitas vezes, a vida de suas mães. “É um impacto grande na saúde pública e na sociedade ter crianças sendo cuidadas por abrigos, sem laços familiares”, reflete ela.
Segundo Roberta, o método, que foi trazido à região por meio de uma parceria entre a Interlocução de Saúde Mental e a Saúde da Criança e da Mulher do distrito, está tendo uma grande aceitação entre as mulheres do abrigo.
A residente da UAA Kelly Cristina aprova o uso do Implanon
Para a residente da UAA, Kelly Cristina Dionizio da Costa, 32 anos, o implante do contraceptivo Implanon foi bem simples: “Só senti uma dorzinha na hora que eles o colocaram no meu braço; mas não senti nenhum efeito colateral e nem engordei. Esse contraceptivo é melhor que a pílula e a injeção, porque a gente não precisa ficar se lembrando de tomar”, garante Kelly, que já usa o Implanon há pelo menos um ano.
Aplicação do Implanon
Após a realização de um levantamento prévio das mulheres interessadas em receber o implanon, o implante é feito no Hospital Municipal do Campo Limpo, de acordo com a disponibilidade de vagas oferecidas pela instituição.
De fácil aplicação, o profissional da saúde explica como são os procedimentos de implantação do contraceptivo, que pode ser implantado durante a realização da consulta, caso a paciente concorde com o procedimento.
De acordo com a doutora Loreta, a adoção do Implanon como método contraceptivo de longa duração é um novo projeto do município, ainda em processo de desenvolvimento; por isso, não há, no momento, como atender a toda a demanda da região. No entanto, informa a médica, já existe um plano de expansão da oferta e uma licitação prevista para expandir o programa para outros territórios.
A inserção do Implanon
Assim como os outros métodos contraceptivos – pílulas e injeções – ele não tem cem por cento de garantia e também não protege as mulheres de contrair as doenças sexualmente transmissíveis (DST). Por isso, é indicado sempre associar seu uso ao da camisinha nas relações sexuais.
A inserção do Implanon é bem simples:
• Deve ser implantado debaixo da pele na face interna do braço oposto ao que a mulher escreve, acima da dobra do cotovelo. A aplicação pode ser feita com ou sem anestesia;
• Devido à aplicação podem aparecer alguns hematomas, leves, na região do braço;
• Leva menos de um minuto para ser implantado;
• Cessa a menstruação, porém podem ocorrer sangramentos esporádicos;
• O Implanon deve ser trocado de três em três anos.
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