Prefeitura de São Paulo

 Por Aline Oliveira

O nosso corpo reage de diversas maneiras às atividades que exercemos na vida moderna e agitada que levamos. É muito comum depois de um dia corrido ou cheio de tarefas a pessoa reclamar que está estressada. Entre os principais estressores estão os de foro íntimo, como o perfeccionismo, a pressa, querer fazer tudo ao mesmo tempo, etc. Já os causadores externos do estresse podem ser as mudanças (até mesmo as positivas), como o nascimento do filho, a troca ou a perda do emprego, a aposentadoria, a mudança de casa, de cidade, país, o divórcio, a doença ou morte de pessoas queridas, o trânsito, o transportes público lotado, etc. E muitas vezes o estresse em excesso traz consequências para o corpo e para a mente.

Segundo o médico psiquiatra Edmundo Dias Maia, da Coordenadoria Regional de Saúde Norte (CRSN), cerca de 20% da população tem algum tipo de transtorno mental: 3% são casos graves, 9% leves e moderados e 8% provocado por substâncias como álcool e drogas.

“Quando temos reações decorrentes do estresse, é porque o corpo converte algo que era emocional para alguma coisa que se torna físico”, explica o doutor Edmundo. Os sintomas podem variar de acordo com o organismo de cada um.

Entre as consequências, destacam-se, por exemplo, problemas gastrointestinais, sentimento de angústia, aflição, ansiedade (que pode evoluir para uma síndrome do pânico), falta de ar, dores musculares, tontura, etc.

A Síndrome de Burnout é uma decorrência do estresse em demasia. As pessoas sofrem pressões principalmente em empregos desgastantes. Elas acabam perdendo o prazer no trabalho, que acaba se tornando uma obrigação desgostosa, árdua. E, quando isso acontece, as tarefas começam a ficar “mal feitas”, o que pode levar até a uma depressão.

Outra coisa que influencia no estresse é o isolamento do mundo real. “As pessoas hoje se isolam em um mundo virtual, e nós fazemos parte de um meio social, precisamos interagir, conversar, compartilhar coisas”, receita Edmundo.

“Manter uma boa alimentação”, prescreve ele, “ter hábitos saudáveis, praticar atividades físicas, ter uma vida social ativa e não dedicar tempo demais às coisas estressantes, tudo isso ajuda”, completa o profissional.

Algumas Unidades Básicas de Saúde da CRSN oferecem atendimento com psicólogos e psiquiatras para atender a população. Além disso, os Centros de Convivência e Cooperativa (CECCOS) têm programação voltada para o relaxamento do corpo e da mente, como a prática de meditação.

Os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) também fazem atendimento para casos desse tipo, sem precisar de agendamento, o acolhimento ao paciente é feito na hora, ele passa por uma análise e é incluído em algum projeto de tratamento.

Caso você sinta problemas decorrentes do estresse, como desânimo, falta de convívio social, etc., procure uma Unidade de Saúde CAPS ou CECCO próxima da sua residência para tratar e prevenir algo que pode vir a se tornar mais sério para sua saúde.