Secretaria Municipal da Saúde
UBS Parque Figueira Grande conclui primeira etapa de projeto-piloto de Práticas Integrativas em Auriculoterapia
Por Marie Serafim
As R2 (Residentes 2): Gabriela Almeida, estela Ramos e Erika Cardozo do curso de Práticas Integrativas em Auriculoterapia.
O último encontro do grupo “Controle da Dor” da UBS/ AMA Integrada Parque Figueira Grande com as Residentes 1 e 2 do curso de “Residência Multiprofissional em Atenção Básica, Saúde da Família e Comunidade em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde” aconteceu em 24 de junho. O programa é oferecido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) por meio de convênio com o Ministério da Saúde e de parceria com a Organização Social (OS) Associação Comunitária Monte Azul.
As reuniões aconteceram todos os sábados ao longo de um período de três meses e fizeram parte de um projeto-piloto da Unidade Básica de Saúde (UBS), que utiliza métodos alternativos menos dolosos e medicamentosos para aliviar as dores, combater o estresse e auxiliar no tratamento da depressão dos pacientes.
Como funcionou o projeto
Dezesseis pacientes que sofriam de dores crônicas participaram do programa e seguiram à risca todo o tratamento com auriculoterapia – uma técnica similar à acupuntura, realizada por meio da estimulação em pontos específicos da orelha, para aliviar dores ou tratar diversos problemas físicos ou psicológicos.
Fábio Bellicieri Franco, educador físico do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), explica como foi organizado o trabalho. “Foram atendidos quatro pacientes por residente, em sessões com duração de meia hora cada”. Caso o projeto-piloto seja aprovado pela UBS, pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e pelos professores do curso, os atendimentos deverão ser retomados na unidade em agosto. Por conta disso, já existe até uma lista de espera de trinta pessoas.
Melhora dos pacientes / Diferenciais do projeto
Erika faz auriculoterapia em Eva que relata ter melhorado das dores crônicas.
“Melhorei 70%, antes eu sentia muita dor nas costas, no pescoço, no nervo ciático; a minha ansiedade melhorou muito também”, afirma a cabeleireira Eva Neli Afonso Cagliari, 60 anos, uma das pacientes do projeto. Os demais participantes também relataram que suas dores e ansiedades diminuíram bastante e que passaram a dormir melhor após a realização do tratamento com a auriculoterapia.
Para Franco, o fato dos atendimentos terem acontecido aos sábados foi outro ponto positivo do projeto. “Sábado”, explica ele, “é o dia em que temos consultórios livres e as residentes têm locais para atuarem; com menos pessoas, o ambiente fica menos estressante, o que favorece esse tipo de prática e traz mais benefícios para os pacientes”.
Sua opinião é corroborada por Erika Cardozo Pereira, enfermeira e R2 (Residente 2): ”O sábado é mais uma opção para quem trabalha durante a semana e isso acaba ficando sem esse cuidado, essa assistência”.
Enquanto era atendida por Erika, a cabeleireira Eva reforçou os argumentos em favor das sessões de auriculoterapia acontecerem aos sábados. “É muito bom que seja nesse dia da semana, porque a correria do brasileiro é de segunda a sexta-feira, então, como vai cuidar de si? Se fosse durante a semana, eu não viria, não dá tempo”, enfatiza.
Multiprofissionais e também especialistas em práticas integrativas, as residentes veem essa condição como mais um adicional no trabalho que realizam, como a nutricionista Gabriela Santos Almeida. “Permite um olhar mais ampliado para o atendimento do paciente, porque juntamos a nossa prática profissional com as práticas integrativas, e isso faz com que olhemos o paciente como um todo, com uma abordagem mais ampla, não ficando restritos apenas à nossa área de atuação.”
Serviço
UBS/ AMA Integrada Parque Figueira Grande
Rua Daniel Klein, 211 – M’ Boi Mirim
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