Secretaria Municipal da Saúde

Quinta-feira, 27 de Julho de 2017 | Horário: 12:36
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Programa DST/AIDS, da SMS, orienta população sobre exame rápido de HIV

Autoteste para detectar vírus da AIDS está disponível para compra nas farmácias particulares de São Paulo desde 10 de julho

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do programa DST/AIDS, está à disposição da população para esclarecer e orientar sobre o autoteste de HIV – o vírus da AIDS –, que, desde o último dia 10 deste mês, começou a ser entregue nas farmácias particulares da cidade de São Paulo.

O exame pode ser comprado sem receita e o resultado é conhecido em apenas 10 minutos após o contato do sangue com o reagente. Segundo o Governo Federal, o Brasil é o primeiro país da América Latina e do Caribe a disponibilizar o autoteste em farmácias.

“Esse exame rápido que agora está disponível nas farmácias particulares é parecido aos que ofertamos nos nossos serviços da rede municipal especializada em DST/AIDS aqui na capital e também nas Unidades Básicas de Saúde, as UBSs. Sem falar nas unidades móveis que rodam a cidade e que também contam com o teste”, esclarece Cristina Abbate, coordenadora do programa DST/AIDS. “Todos os domingos, por exemplo, o nosso trailer fica estacionado na avenida Paulista, das 12h às 16h, disponibilizando o teste rápido de HIV e da Sífilis”, completa.

Para Elza Maria Alves Ferreira, consultora técnica do programa, os autotestes ajudam a ampliar a prevenção na cidade. “A testagem é muito importante. É fundamental as pessoas terem conhecimento da sua sorologia, seja positiva ou não. A partir desse resultado, caso positivo, o tratamento deve ser iniciado o quanto antes para garantir uma vida com mais qualidade”, afirma.

Abbate, no entanto, faz um alerta: “É preciso atenção e cuidado ao fazer o teste sozinho, pois é possível que haja erro no manuseio ou má interpretação do resultado, já que há a chance de ser um ‘falso positivo’ ou ‘falso negativo’”.

Sobre ‘falso positivo’ ou ‘falso negativo’, o dr. Robinson Fernandes Camargo, médico infectologista e consultor técnico do DST/AIDS, explica, por sua vez, que há diversos fatores que podem alterar o resultado do exame. Se uma pessoa tomou uma vacina recentemente contra influenza AH1N1, por exemplo, o teste pode dar positivo, sem a pessoa necessariamente ter HIV.

“Só um profissional da saúde saberá analisar esses fatores. Quando isso (falso positivo ou falto negativo) acontece, o teste precisa ser refeito”, diz Camargo.

A pessoa que quiser fazer o teste em uma das 26 unidades da rede municipal especializada em IST/AIDS pode conferir o endereço dos serviços na página do programa municipal DST/AIDS na internet (prefeitura.sp.gov.br/saude/dstaids). É gratuito e sigiloso.

E se der positivo?

Manter a calma é fundamental caso o autoteste dê reagente para HIV; ou seja, positivo. “Depois, procure um dos nossos 26 serviços da rede municipal especializada, na qual há equipes preparadas para lhe receber”, aconselha Camargo.

O médico explica ainda que, mesmo que dê positivo, o paciente passará por outros exames confirmatórios, inclusive os de sangue. Casos os resultados se mantenham, terá início o tratamento. “Quanto antes isso acontecer, melhor”, completa.

Além disso, os serviços oferecem profissionais capacitados para acolher e aconselhar os usuários. O doutor enfatiza que não há motivo para desespero: “Hoje em dia já se sabe que o diagnóstico de HIV não é mais sinônimo de morte. É possível conviver com o vírus sem problemas e com muita saúde”.

PEP

PEP é a sigla em inglês para Profilaxia Pós-Exposição, que evita a contaminação do vírus HIV. Caso uma pessoa tenha passado por uma situação de risco, como o não uso da camisinha e o rompimento do preservativo, ela tem até 72 horas para ir a uma das unidades de saúde da cidade que oferecem a PEP - relação dos endereços municipais que oferecem a PEP em São Paulo: https://goo.gl/v2fMcW – e fazer uso da profilaxia. Se a procura for nas primeiras horas, os resultados são melhores.

“Após a exposição de risco, o mais importante é a PEP, que fará a prevenção ao vírus HIV. Fazer o teste rápido logo após o sexo sem camisinha, por exemplo, não será eficaz, pois nenhum exame consegue identificar anticorpos anti-HIV com tanta proximidade”, afirma Camargo.

Essa “incapacidade” dos testes se dá devido à janela imunológica. Cada exame possui um período de tempo em que não é possível fazer a análise. Isto significa que, se a janela for de um mês, caso alguém tenha se exposto a uma situação de risco para infecção nos últimos 30 dias anteriores à data da testagem, o exame não identificará a presença de anticorpos anti-HIV.

Para mais informações sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e as ações do Programa Municipal de DST/AIDS, acesse o site prefeitura.sp.gov.br/saude/dstaids ou as redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram) com @programadstaids.

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