Prefeitura de São Paulo

Por Marie Serafim

No mês em que se comemora o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência (21 de setembro), os Centros Especializados em Reabilitação (CER) Cidade Ademar e Santo Amaro dão prosseguimento aos mutirões de órteses e cadeiras adaptáveis.

Esses mutirões – que fazem parte de um acordo entre o Ministério Público e a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) –, têm o propósito de acabar até o final do ano com a fila de espera de pacientes que aguardam por órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção (OPM) e por serviços de reabilitação do município.

O mutirão do CER Cidade Ademar aconteceu no dia 14 de setembro e atendeu cerca de setenta pessoas, que na ocasião fizeram modelagem ou retiraram suas órteses. O próximo está marcado para o dia 19 de outubro.

Mutirão de cadeiras em Santo Amaro

O CER III Santo Amaro já está no seu quarto mutirão de avaliação das cadeiras adaptáveis que deve beneficiar 105 usuários. As avaliações acontecerão nos dias 21, 22 e 28 de setembro; já a prova e a entrega definitiva das cadeiras serão feitas no final de novembro.

O mutirão de cadeiras de rodas é feito em três etapas:
• Avaliação: medição da cadeira, definição da cor e do tipo de estofado, verificação do tipo de cadeira que melhor se adequa à deficiência do cadeirante, etc.;
• Prova: momento de teste da cadeira e de ajustes, se necessário;
• Entrega: o paciente recebe sua cadeira e faz uma última prova para verificar ser há algum problema para corrigir ou ajustes para melhorar o seu equipamento de locomoção; depois da entrega, o cadeirante tem um período para se adequar à cadeira.

Nos dias 5 e 6 de outubro será feita a prova das cadeiras adaptáveis; e em 19 e 20, a entrega. Esses mutirões devem acontecer até o final do ano.

Mudança de vida

A órtese e/ou a cadeira adaptável (há pacientes que precisam tanto de órteses como da cadeira) contribui para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida do usuário beneficiado. “Essa órtese vai ajudar meu filho que anda nas
pontas dos pés a firmar os pés, conseguir pisar no chão e andar normal”, torce Mayara Santos Sousa, que é mãe de Izack Gabriel dos Santos, de 4 anos.

Outra mãe que ficou bem feliz com a órtese do filho foi Lucileide dos Santos, mãe de Luiz Felipe dos Santos de Jesus, também de 4 anos. “A órtese representa muita coisa para meu filho, pois sem elas o pezinho dele vai atrofiar, as dificuldades de andar irão aumentar e depois só mesmo com cirurgia para resolver. Sou muito grata por isso, pois nesse momento não temos condições de comprar uma órtese, porque a luta é grande”.

Há dois anos, a paciente Olga Mendes da Costa Souza, 80 anos, que até então era muito dinâmica, teve um problema cardiovascular, deixando de fazer muitas coisas. ”Com essa órtese, ela pode voltar à ativa e o marido dela vai ter até que sair correndo atrás dela”, brinca sua vizinha Erandi Maria de Souza.

Você sabia?

Em 26 de setembro comemora-se o Dia Nacional do Surdo. Esta data também foi escolhida para homenagear a primeira Escola de Surdos do Brasil, em 1857, no Rio de Janeiro, que hoje é conhecida como Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).

Nessa esteira, vale lembrae que a rede municipal de saúde oferece assistência aos pacientes com deficiência auditiva. Na região Sul, por exemplo, o CER III Santo Amaro é uma das unidades aptas para fazer esse tipo de atendimento, incluindo até mesmo a dispensação do aparelho auditivo, dependendo do caso.

Mutirões em outras unidades

Além do CER III Santo Amaro, outros dois Centros Especializados em Reabilitação estão fazendo mutirões de cadeira de rodas para atender a demanda. São eles: o CER II Tucuruvi (CRS Norte) e o CER IV Giannotti (Sudeste).

Cada unidade ficou responsável por algumas regiões da cidade: o CER III Santo Amaro atende as regiões pertencentes às Coordenadorias Sul e Oeste; o CER II Tucuruvi, as regiões Norte, Centro e parte da Leste (bairros próximos da Zona norte); e o CER IV Giannotti, a região Sudeste e o restante da Leste.

Além disso, acontecem paralelamente mutirões de órteses suropodálicas, andadores, bengalas, muletas, etc., em sete serviços de reabilitação: no Núcleo Integrado de Reabilitação (NIR) e no CER M’boi Mirim e Cidade Ademar, na zona Sul, por exemplo, que além dos seus próprios pacientes atende também os usuários do CER III Santo Amaro e dos Núcleos Integrados de Reabilitação (NIR) Clipper (Capela do Socorro e Parelheiros).