Secretaria Municipal da Saúde
Profissionais da CRS Sudeste participam de oficina de libras
Por Camila Mayume
Para melhorar e facilitar a comunicação com usuários com deficiência auditiva, trabalhadores da saúde da Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Sudeste estão participando de uma oficina de Língua Brasileira de Sinais (Libras), promovida pela Área Técnica da Pessoa com Deficiência, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo. A iniciativa começou a ser desenvolvida em março deste ano, com carga horária de 40 horas e as aulas ministradas no Colégio Tableau, na Vila Prudente.
Segundo a interlocutora técnica de Reabilitação da CRS Sudeste, Lígia Maria Brunneto Borgianni, a atividade conta com as aulas da professora de libras, Priscilla Gaspar, que tem deficiência auditiva, e a participação de cerca de 30 servidores de nível médio e superior de unidades da Atenção Básica e serviços especializados.
Lígia Borgianni explica, ainda, que a oficina é uma contrapartida da Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação (DERDIC), instituição sem fins lucrativos mantida pela Fundação São Paulo e vinculada à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com atuação na área de educação para surdos e atendimento clínico a pessoas com alterações de voz, audição e linguagem.
“A ideia é que um número cada vez maior de trabalhadores conheça, entenda e acolha usuários com deficiência auditiva e quando necessário consiga se comunicar minimamente em libras”, ressalta Lígia Borgianni, ao informar que a oficina na região Sudeste termina em 22 de maio. Vale lembrar que a oficina na região da CRS Leste também está em andamento e, no próximo semestre, será a vez das CRS Oeste, Norte, Centro e Sul.
A agente de promoção ambiental (APA) da UBS Milton Santos, Giane da Silva Santos Rousset, que participa da oficina desde o começo, avalia como muito boa a experiência que tem adquirido em sala. “Quando chego à unidade eu conto para os colegas de trabalho o que aprendi em aula. Em casa também pratico e mostro para o meu filho, que já se empolgou e começou a aprender pela internet. Mas é diferente. Na aula a posição das mãos e dos dedos tem um jeito. Se colocar algum fora do lugar já quer dizer outra coisa ou tem outro significado. E isso são detalhes que a internet não mostra”, avalia.
Segunda língua oficial
De acordo com a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida como a segunda língua oficial do país, regulamentada pelo decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Trata-se de uma língua natural com conjunto de palavras que uma pessoa, de uma determinada língua, tem a sua disposição para se expressar oralmente ou por escrito, além da gramática própria.
Lígia Borgianni reitera que o serviço público precisa garantir e buscar a acessibilidade arquitetônica e a atitudinal. “A pessoa com deficiência auditiva que se comunica em libras, precisa ser acolhida na sua língua para que seja respeitada sua autonomia“, enfatiza.
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