Secretaria Municipal da Saúde
Carnaval 2019: Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é alternativa de urgência na prevenção ao HIV
Por Thiago Pássaro
Se durante a folia a camisinha sair, romper ou não for usada, hoje se pode recorrer à Profilaxia Pós-Exposição (PEP) para prevenir o HIV. Trata-se do uso contínuo, durante 28 dias, de medicamentos antirretrovirais, que impedem a infecção. Mas para ser eficaz, a PEP deve ser iniciada em até 72h após a situação de risco, de preferência nas duas primeiras horas.
“A PEP é considerada um caso de urgência, principalmente por conta do tempo de efeito da profilaxia”, explica o coordenador de Assistência do Programa Municipal de DST/Aids (PM DST/Aids), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo, Robinson Fernandes de Camargo. “A camisinha continua sendo a primeira opção para prevenir não só o HIV, mas também as outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que não são contempladas com o uso da PEP”, completa.
Mais de 50 serviços municipais de saúde de São Paulo oferecem a PEP gratuitamente, com funcionamento tanto de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, quanto 24h. A relação das unidades, por região, pode ser encontrada aqui.
Além dos casos de risco de infecção durante as relações consentidas, a PEP também é indicada para situações de violência sexual e em caso de acidente ocupacional. No ano passado, mais de 7.500 profilaxias foram realizadas nos serviços municipais de saúde da capital paulista. Desse total, mais de 77% foram da categoria sexual.
Durante os dias de Carnaval, agentes de prevenção do PM DST/Aids estarão nos principais blocos de rua da cidade para a entrega de camisinhas gratuitas aos foliões e também divulgar a PEP para os casos de urgência. Durante os oito dias de festa, cerca de 25 blocos vão contar com a campanha “Camisinha na Folia”