Prefeitura de São Paulo

Hoje é Dia Nacional do Ortopedista, o profissional especialista em prevenir e tratar deformidades associadas ao aparelho locomotor humano, como os ossos, articulações, músculos e outros componentes do nosso corpo que nos permite a locomoção, o ortopedista é um importante profissional na recuperação de lesões traumáticas, sejam elas provenientes da prática esportiva ou algum acidente, necessitando cirurgia ortopédica ou acompanhamento. A data coincide com a criação da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), fundada no dia 19 de setembro de 1935.

De acordo com a organização, em 2017 eram mais 13 mil ortopedistas atuantes no Brasil, sendo que a maioria desses profissionais está na região Sudeste. Na rede municipal de Saúde, os ortopedistas atuam no Centro Especializado em Reabilitação e nos hospitais municipais e unidades que têm especialidades, como a AMA.

Conversamos com alguns destes médicos neste dia para conhecer mais sobre essa área da atenção em saúde para saber quais são os desafios dessa área diretamente associada à qualidade de vida das pessoas na sociedade moderna. Hábitos e até a conjuntura influenciam na saúde da população e, conforme prevê o Sistema Único de Saúde, a missão está na promoção da saúde da população.

Inclusão é saúde
Dr. Robson Magalhães de Melo, 39 anos, é formado em Medicina pela Universidade Estadual do Amazonas, com especialização em Ortopedia e Traumatologia no Hospital Professor Dr. Alípio Correa Netto.

Ortopedista Dr. Robson Magalhães de Mello

Trabalha na unidade CER III Cidade Ademar e diz ser uma grande “oportunidade atender pessoas com problemas irreversíveis como deficiente visual e oferecer mecanismos, técnicas para o paciente conquistar a autonomia em sua rotina, pode andar em vias públicas, pegar um ônibus ou metro, e com o tempo até ser reinserido no mercado de trabalho.”

As crianças, que são grande parte da demanda, segundo o médico, acrescentam ao ganho funcional à parte cognitiva. “Trabalhamos com crianças com o diagnóstico de autismo, as quais damos uma assistência para terem uma melhor interação dentro do ambiente familiar e escolar, contribuindo para o seu desenvolvimento enquanto pessoa e indivíduo.”

O ortopedista Eduardo Fonseca, 37 anos, trabalha no AMA Jardim Icaraí e já atua na saúde pública há cinco anos. “Tenho imensa satisfação em poder cuidar das pessoas, contribuindo para que tenham uma melhor qualidade de vida, uma vez que as doenças ortopédicas causam limitação às atividades de vida diária.”

Ortopedista há 15 anos, Dr. Rodrigo Fernando Guercia trabalha no AME Jardim Bonifácio IV percebe, ao longo da carreira, o aumento no número de pacientes ortopédicos e, dentre as principais causas está o envelhecimento populacional. “Houve um aumento de doenças ortopédicas crônico-degenerativas”, afirma.

A migração de pacientes dos serviços privados, que perderam o convênio nos últimos anos, também fez crescer a demanda do serviço na saúde pública. Isso exige uma maior contrapartida da saúde pública, que investe não somente em equipamentos e tecnologia, mas em capacitação. “Vemos a convergência das áreas da medicina na evolução dos tratamentos e a humanização do atendimento em favor do melhor resultado para os pacientes é mais do que necessária. Desde o acolhimento ao diagnóstico preciso, o intercâmbio com outras especialidades, tais como a fisioterapia, são primordiais no tratamento e melhora da qualidade de vida dos pacientes.”

Ortopedista Dr. Rodrigo Fernando Guercia