Secretaria Municipal da Saúde

Sexta-feira, 8 de Maio de 2020 | Horário: 15:16
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Guia esclarece riscos de covid-19 para portadores de anemia rara

Também conhecida como anemia do Mediterrâneo, a doença pode ser identificada pelo teste do pezinho

Hoje é Dia da Internacional da Talassemia, data criada para conscientizar as pessoas sobre a doença e também homenagear pacientes, familiares, profissionais da saúde e pesquisadores que atuam para garantir qualidade de vida para as pessoas com a doença.

De acordo com a Associação Brasileira de Talassemia (Abrasta), 2,7 milhões de brasileiros são portadores do traço talassêmico. Também conhecido como talassemia menor, os portadores são geralmente descendentes de países do Mediterrâneo e apresentam apenas uma anemia leve, sem sintomas e necessidade de fazer tratamento. Ainda segundo a Abrasta, estima-se que no Brasil existam cerca de 1.000 pessoas com as formas graves de talassemias.

Você sabe o que é talassemia?

É um tipo de anemia, caracterizada pela diminuição dos glóbulos vermelhos do sangue, transmitida de pais para filhos. Também é conhecida por anemia do Mediterrâneo, por ter sido trazido ao Brasil por imigrantes de países banhados pelo Mar Mediterrâneo (portugueses, espanhóis, italianos, gregos, egípcios, libaneses).

Há dois tipos, alfa e beta, que podem se manifestar na forma menor, intermediária e maior. A forma menor é um grau de anemia leve, assintomático e que pode passar totalmente despercebido. Já a intermediária e a maior podem apresentar sintomas graves, alterações orgânicas importantes, como o aumento do baço, atraso no crescimento e problemas nos ossos.

O diagnóstico é realizado por meio do teste do pezinho e pela eletroforese de hemoglobina. O atendimento é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nos casos menor o acompanhamento médico é realizado por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS), os intermediários e maior são direcionados para os Centros de Referência para o Acompanhamento aos Portadores de Hemoglobinopatias (CRAPH). 

No município de São Paulo há oito centros de referência:

- Hospital Municipal Infantil Menino Jesus (atende crianças)

Hospital das Clínicas  (atende adulto e criança)

- Hospital São Paulo/UNIFESP (atende adulto e criança)

- Hospital Santa Marcelina (atende adulto e criança)

- Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (atende adulto e criança)

- Hospital Eurycles de Jesus Zerbini - Hospital Brigadeiro (atende adultos)

- Hospital Darcy Vargas (atende crianças)

- Hospital Cândido Fontoura (atende criança)

Talassemia e a covid-19

A Federação Internacional de Talessemia (TIF), aproveitou a data para publicar o guia intitulado “Covid-19 e Transtornos da Hemoglobina: uma classificação dos grupos de risco e outras considerações”.

Esse guia foi idealizado, porque foi identificado que pacientes com talassemia e doença falciforme, provavelmente, correm maior risco de desenvolver complicações do novo coronavírus.

A TIF fez um esforço para classificar o nível de risco em torno desses pacientes e reunir informações publicadas sobre fatores de risco e práticas recomendadas para o melhor gerenciamento possível no período da pandemia. Essas práticas e recomendações foram publicadas em revistas especializadas e/ou sites do governo nacional ou da sociedade profissional e/ou ONGs de pacientes e incluem, principalmente, o Reino Unido, Alemanha, França, EUA, Itália e Chipre.

Saiba mais

Acesse aqui a versão em inglês do guia “Covid-19 e Transtornos da Hemoglobina: uma classificação dos grupos de risco e outras considerações”

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