Secretaria Municipal da Saúde

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Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020 | Horário: 16:32
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Saúde alerta os homens para os cuidados da próstata

Se for descoberto na fase inicial, o câncer de próstata tem aproximadamente 90% de chance de cura

O movimento Novembro Azul teve início na Austrália, em 2003, com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças que atingem a população masculina, com ênfase na prevenção do câncer de próstata. Posteriormente, instituições privadas e públicas, comprometidas em realizar ações para informar e conscientizar sobre a importância dos cuidados com a saúde dos homens e com a detecção precoce do câncer mais comum entre eles, lançaram a campanha no Brasil.

Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 42 homens morrem, diariamente, em decorrência do câncer de próstata e, aproximadamente, 3 milhões vivem com a doença. Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram diagnosticados 68.220 novos casos de câncer de próstata e cerca de 15 mil mortes/ano em decorrência da doença no Brasil, para cada ano do biênio 2018/2019.

O câncer de próstata é o mais frequente entre os homens brasileiros, depois do câncer de pele, ocorrendo geralmente em homens mais velhos. Cerca de 6 em cada 10 casos da doença são diagnosticados em pacientes com mais de 65 anos.

Sintomas e fatores de risco
Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas. Quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são: dor óssea, dores ao urinar, vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina e/ou no sêmen.

Histórico familiar (pai, irmão e tio) estão entre os principais fatores de risco da doença, além da obesidade. Homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer, segundo a ANS.

Prevenção e tratamento
Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem conversar com seu médico sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico). Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.

A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como: estado de saúde atual, estágio da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade, há a opção da vigilância ativa, na qual se faz, periodicamente, um monitoramento da evolução da doença, intervindo se houver progressão.

A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico da doença na fase inicial. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), quando descoberto na fase inicial, o tratamento para o câncer de próstata tem aproximadamente 90% de chance de cura.

Na cidade de São Paulo, os exames de detecção do câncer estão disponíveis na rede de Atenção Básica e Especializada de Média Complexidade Municipal (Ambulatórios de Especialidades, Hospitais Dia e hospitais municipais). Somente a Especializada de Média Complexidade efetua os procedimentos de diagnóstico. O exame de diagnóstico do câncer e a biópsia de próstata guiada por ultrassonografia também estão disponíveis nos ambulatórios de especialidades, unidades dos Hospitais Dia e em todos os hospitais municipais, além de serviços privados conveniados e contratados pela SMS.

O acesso se dá pelo processo denominado regulação do acesso - oferta e agendamento de serviços, mediante a classificação de risco/prioridade prévia feita pelos reguladores (casos mais complexos são agendados com maior brevidade e em serviços com mais complexidade) se necessário. Os serviços de saúde geridos pela SMS são agendados via sistema SIGA Saúde após regulação. Os serviços de gestão estadual (como os AME e nos hospitais universitários) são agendados pelo sistema CROSS/SP após regulação.

Quando o paciente tem diagnóstico ou forte suspeita clínica de câncer, ele é encaminhado para um dos Centros de Alta Complexidade em Oncologia (CACONS) conveniados ao município (AC Camargo, Instituto Brasileiro de Controle do Câncer - IBCC, Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho - ICAVC, além dos hospitais sob gestão estadual). Todas as unidades de saúde podem solicitar as vagas para consulta e oncologia, reguladas por meio do sistema SIGA e disponibilizadas para todos os munícipes de São Paulo.

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