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Entenda o que é o AVC, como identificar e se proteger
Entre 1º de janeiro e 16 de outubro de 2020, perto de 79 mil pessoas morreram por causa de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em nove meses e meio, mais precisamente 78.649 pacientes foram vítimas dessa que é a segunda principal causa de morte no Brasil.
O problema realmente tem alta taxa de letalidade. Em 2017 o País teve 101,1 mil mortes por AVC, segundo o Ministério da Saúde. Apesar de ser um problema silencioso, a partir do momento que se conhece mais sobre a doença é possível aumentar os níveis de alerta para saber identificar sintomas e mudar hábitos que podem ajudar na prevenção.
O Acidente Vascular Cerebral acontece quando o fluxo de sangue no cérebro é interrompido por um entupimento ou rompimento dos vasos, por exemplo. É mais comum nos homens e, além de ser uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo, também gera sequelas incapacitantes e internações.
Os sinais mais comuns são alterações na fala; dificuldade para entender comandos simples; confusão mental; perda visual em um ou nos dois olhos; convulsão; perda de força e/ou sensibilidade em um ou ambos os lados do corpo; perda de equilíbrio, coordenação ou dificuldade para andar e dor de cabeça intensa. Como o paciente pode apresentar um comprometimento do sistema neurológico, o ideal é que seja atendido o mais rápido possível se apresentar alguns desses sintomas.
Tipos de AVC
Existem dois tipos de AVC, o isquêmico e o hemorrágico, e eles ocorrem por motivos diferentes. O mais comum deles é o isquêmico e representa 85% dos casos. Ocorre quando há obstrução de uma artéria que impede e a passagem de oxigênio para as células cerebrais. Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia).
Já o tipo hemorrágico decorre do rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o isquêmico.
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Existem muitos fatores de risco que contribuem para o aparecimento de um Acidente Vascular Cerebral, como a idade, raça, constituição genética e o sexo, e estes não podem ser modificados. Porém, existem outros fatores que dependem apenas da pessoa e são os principais para prevenir essas doenças, como o controle da pressão arterial, do diabetes, dos níveis de gordura no sangue e do peso. Outros cuidados são não fumar, evitar o uso excessivo de álcool, praticar atividades físicas, evitar o uso de drogas ilícitas e manter sob controle os índices glicêmicos e a pressão arterial.
O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral, se isquêmico ou hemorrágico. A tomografia computadorizada de crânio é o método de imagem mais utilizado para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, demonstrando sinais precoces de isquemia.
Principais causas do AVC:
- Hipertensão
- Diabetes
- Dislipidemias (níveis elevados de gorduras no sangue)
- Sobrepeso
- Obesidade
- Tabagismo
- Uso excessivo de álcool
- Idade avançada
- Sedentarismo
- Uso de drogas ilícitas
- Histórico familiar
- Hemofilia ou outros distúrbios de coagulação do sangue
- Ferimentos na cabeça ou no pescoço
- Tratamento com radiação para câncer no pescoço ou cérebro
- Arritmias cardíacas
- Doenças das válvulas cardíacas
- Defeitos cardíacos congênitos
- Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos), que pode ser provocada por infecções a partir de doenças como sífilis, doença de Lyme, vasculite e tuberculose
- Insuficiência cardíaca
- Infarto agudo do miocárdio