Secretaria Municipal da Saúde
Com tutores mais tempo em casa, animais de estimação também sentem os efeitos da pandemia
O retorno ao trabalho externo pode exigir uma série de adaptações tanto para os tutores quanto para os animais de estimação, que se acostumaram a ter companhia o tempo todo (Foto: Divulgação)
Já parou para pensar que a mudança na rotina provocada pela pandemia do coronavírus, com as pessoas mais tempo em casa na companhia de seus pets - pelo trabalho remoto e recomendação de distanciamento social – pode afetar a vida dos nossos companheiros de quatro patas?
Ao ficar em casa, é comum achar que será mais confortável para eles, mas, na verdade, esses momentos podem se tornar um incômodo para os animais. Relatos de depressão e ansiedade nos bichinhos não são episódios isolados.
Estar por perto o tempo inteiro, às vezes, é mais fácil para a adaptação de um novo animalzinho, prático para introduzir alimentação, ensinar comportamentos como os locais corretos para as necessidades fisiológicas e corrigir “brincadeiras” erradas, como morder móveis.
Por outro lado, também pode ser um pouco mais complicado, porque um gato, por exemplo, gosta de ter seus momentos sozinho, sem precisar de alguém para fazer companhia. Já o cachorro, normalmente, gosta da presença do tutor e chega a ficar o dia inteiro junto, pedindo atenção e querendo brincar. Mas em certos momentos ele também pode querer ficar só.
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Normalmente, o animal que quer ficar sozinho acaba se afastando um pouco mais, ou ele passa horas do dia dormindo. Então, precisa partir do responsável esse cuidado e essa observação, e ver se o animal está incomodado com o que os moradores da casa estão fazendo.
Readaptação
No momento em que a cidade ainda está em quarentena e muitas pessoas continuam trabalhando de casa e saindo o mínimo possível, ficar sozinho é algo praticamente inevitável. Portanto, o retorno ao trabalho externo também tende a ser uma situação complicada inicialmente para ambos os lados, inclusive para os pets.
Existem formas de ajudar os animais nessa readaptação. Brinquedos novos serão essenciais para uma nova rotina. Outra dica válida para um animal que desacostumou a ficar sozinho é deixar uma televisão ou algum aparelho de som ligado. Os barulhos podem dar a sensação de companhia e ajudá-los a se sentir um pouco mais acompanhados num momento de transição.
É importante estar atento ao comportamento do pet e saber reconhecer o que ele está tentando dizer. O animal está pedindo atenção, está próximo de seu tutor? É o momento de estar junto, de brincar, de dar atenção. Mas se o bichinho estiver buscando um pouco mais do espaço dele, ficar mais quieto na cama ou no canto que mais gosta na casa, é importante respeitar esse comportamento para que as coisas fluam bem nessa relação que é sempre de muito amor e carinho.
Consultoria: equipe técnica da Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (COSAP) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS)